Prefeitura de Cáceres consegue liminar para retirada do MST
Cerca de 50 pessoas estavam espalhadas pela área do prédio. Os sem terra chegaram ontem à tarde, e invadiram as salas e gabinetes de secretarias. De acordo com o Procurador Geral de Cáceres, Cleiton Tubino Silva, o grupo chegou no local com pedaços de pau e foices. Eles invadiram as salas da Prefeitura, subiram nas mesas e retiraram os funcionários que estavam trabalhando.
O líder do MST , Noir Castelo, alegou que o grupo realizou apenas uma manifestação pacífica no local. " Nós ocupamos e desocupamos o prédio pacificamente. Fizemos apenas uma manifestação e solicitamos a presença do prefeito de Cáceres", afirmou.
Os sem terra que ocuparam a Prefeitura fazem parte de um grupo de 150 famílias, que há 20 dias, foram retiradas da fazenda Rancho Verde por ordem judicial. Desde então, elas vivem na avenida Talhamares, em Cáceres.
O líder do MST admite que a ocupação é uma tentativa de convencer o prefeito a doar lonas e transportar o grupo a um novo acampamento, que os próprios sem terra não revelam onde é. " Foi comunicado à distância, mas nem nós sabemos ao certo onde será. Depende do lugar mais viável para a Prefeitura", disse Noir.
O procurador Cleiton ressaltou, que na verdade o grupo está pedindo um financiamento para "baderna", e que, a Prefeitura não possui amparo legal para atender os pedidos." Eles solicitaram pregos, lonas e um veículo para locomação. Possivelmente para invadir outro local", disse.
Na noite de ontem, o município conseguiu uma liminar de reintegração imediata de posse de prédios da escola e da prefeitura. A decisão foi da juíza da 2º Vara Cível, Cristiane da Costa Neves Silva. Ela autorizou também, o reforço polícial. Segundo o Procurador Geral, Cleiton Tubino, a reintegração só será feita nesta sexta-feira.
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