Fiscais agropecuários suspendem paralisação até dia 16
No dia 8, Silas Brasileiro, deputados da comissão e representantes da Anffa (sindicato dos fiscais) vão se reunir no ministério para elaborar a nova proposta. Eles distribuíram um documento que contém as propostas do governo para o reajuste da categoria e também as reivindicações dos fiscais.
A proposta do governo prevê reajuste nos porcentuais da gratificação da categoria da seguinte maneira: 15% em fevereiro de 2008, 15% em fevereiro de 2009 e 15% em fevereiro de 2010, quando a gratificação chegaria a 100%. O ministro interino disse que essa proposta tem o aval da Presidência da República e que só foi formalizada agora porque os fiscais aceitaram o período de trégua.
Reajuste
A proposta dos fiscais prevê reajuste de 15% sobre o vencimento básico ainda em 2007, 15% em fevereiro de 2008 e 15% em fevereiro de 2009. Eles também querem aumento da gratificação dos ativos e inativos, além dos pensionistas, para 80% em fevereiro de 2008, 90% em fevereiro de 2009 e 100% em fevereiro de 2010. Nas duas propostas, consta a manutenção de um grupo de trabalho para discutir a reestruturação da carreira.
Brasileiro disse que o governo só voltou a negociar atendendo a uma solicitação da Comissão de Agricultura da Câmara. Segundo ele, os prejuízos começariam a ser contabilizados a partir de amanhã, referindo-se ao impacto econômico da paralisação, que começou na segunda-feira.
Segundo ele, os frigoríficos não tinham mais condições de abater animais. A situação é mais grave nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. O ministro interino disse que os fiscais voltam a trabalhar hoje e que a produção voltará a ser escoada. Ele previu que a "normalidade absoluta" será atingida em três dias.
Portos
O Ministro dos Portos, Pedro Brito, disse hoje, em Santos, que assim que chegou à cidade telefonou para o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e que ficou definido que os problemas ocasionados pela greve dos fiscais agropecuários ao Porto de Santos estariam resolvidos até o fim do dia. "Nós não podemos parar o maior porto da América Latina para discutir questões pontuais e de interesses pessoais de um pequeno grupo de pessoas. Nós estamos, na verdade, tratando mais do que cargas, estamos tratando com a imagem do País", afirmou Brito.
De acordo com o ministro, a imagem do Brasil não pode "ser jogada fora" com a paralisação do Porto de Santos e acúmulo de contêineres. Devido à greve de 10 dias, cerca de 41% do efetivo de fiscais da cidade estão vistoriando as cargas perecíveis, que estão se acumulando nos terminais.
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