Caixa-preta indica erro em manete, mas Aeronáutica não descarta falha mecânica
As informações foram divulgadas à imprensa por deputados da CPI, após audiência a portas fechadas com o chefe do Cenipa, brigadeiro-do-ar Jorge Kersul Filho. "O gráfico mostra que um dos manetes estava em posição de climbing (subir) e o outro em idle (ponto morto). O gráfico vai até o fim com um motor acelerando e outro desacelerando", informou Ivan Valente (P-SOL-SP). "O motor direito estava com potência de quase decolagem, na interpretação do brigadeiro Kersul”.
A partir da investigação, a Aeronáutica investiga duas hipóteses, segundo os deputados. Uma, de falha humana, em que o piloto posicionou o manete de forma errada. A segunda de que o manete estava posicionado corretamente, mas houve falha na leitura do computador, que poderia ter entendido o comando para acelerar e não para desacelerar a aeronave.
“Permanece a convicção de que é prematuro afirmar que a responsabilidade do acidente foi dos pilotos”, defende o relator da CPI, Marco Maia (PT-RS). "Eu não descarto, de forma alguma, que tenha ocorrido falha nos equipamentos e essas falhas tenham sido responsáveis pelo acidente”.
"Não dá para afirmar nem que foi erro humano nem erro mecânico", concorda o presidente em exercício da CPI, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mas considera que os dados indicam que a pista não foi fator preponderante no acidente. “Os dados apresentados até agora pelo Cenipa, nos leva a ter a impressão, mas não a conclusão definitiva, de que pista não é a principal hipótese provável do acidente”.
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