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Internacional
Terça - 31 de Julho de 2007 às 17:09

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A filha do lenhador cingalês Mohammed Sultan Nafeek, Rizana, foi condenada pela Justiça árabe à morte por ter matado um bebê de 4 meses, do qual ela tomava conta e era responsável. A adolescente se mudou do Sri Lanka para a Arábia Saudita depois que a família ficou desabrigada com a passagem do tsunami, em 2004.

Rizana, que tinha 17 anos quando começou a trabalhar na Arábia Saudita, diz que a criança morreu acidentalemente, afogada com leite. Ela foi condenada à decapitação, em um caso que grupos de direitos humanos afirmam destacar a vulnerabilidade de muitos dos 1,5 milhão de cingaleses que vivem fora do país - cerca de 400 mil só na Arábia Saudita.

"Nossa família estava passando por grande miséria, e nossa filha então resolveu ir trabalhar no exterior e nos mandar dinheiro", contou Nafeek à agência Reuters por telefone. Eles tiveram que se mudar duas vezes. Na primeira, devido ao tsunami de 2004. Na segunda, eles foram novamente realojados devido à guerra civil entre o governo e os rebeldes separatistas tâmeis.

Segundo as leis árabes, o perdão pode ser um presente da família da vítima à pessoa condenada, mas como até o momento os pais da criança se recusaram a encontrar tanto a família quanto autoridades cingalesas. "A polícia nos disse: 'vão e rezem por Alá. Se vocês conseguirem o perdão dos pais, sua filha estará livre'. Por isso eu estou rezando o tempo todo", afirmou Nafeek.

"Se nós tivéssemos a chance de nos encontrar com os pais, temos a certeza de que eles nos perdoariam, após ver a situação em que nos encontramos", completou. O governo do Sri Lanka, que investiga que agência mandou Rizana para trabalhar no exterior quando ela era teoricamente ainda uma criança, está esperançosa de que a menina será perdoada.





Fonte: Terra

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