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Economia
Terça - 31 de Julho de 2007 às 08:17

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A escassez e a alta do preço do trigo, que chegou a US$ 270 a tonelada, fizeram as indústrias de massas repassarem aos seus produtos os aumentos do insumo. Na maior fabricante de pastas do País, a M. Dias Branco, que produz a marca Adria, o reajuste já alcança 10% este ano. A Vilma Alimentos aumentou os preços em 7% e deve fechar 2007 com 10%, disse o vice-presidente César Tavares.

O consumo nacional de trigo, que chega a 10 milhões de toneladas ao ano, está muito além da safra do País, estimada em 2,5 milhões de toneladas em 2007. O déficit era coberto pela produção argentina, mas, em meio a uma demanda interna aquecida, o país vizinho tem limitado as compras brasileiras, forçando os fabricantes a buscar o cereal em outros mercados. Com isso, ficam sujeitos a taxas de importação. Esses fatores ajudaram a elevar às alturas o preço do trigo, que fechou julho valendo em média pouco mais de US$ 241 a tonelada, ante à média de US$ 153,04 de igual mês de 2006.

Agora, as empresas apostam em produtos de maior valor agregado. O diretor-geral do M. Dias Branco, Mariano Luciane, disse que a empresa lançará este ano seis produtos com esse foco. A Vilma está investindo em nova linha de massas especiais. O aumento da renda no Brasil ajuda o setor e torna o ambiente favorável a preços mais altos. A produção este ano do setor deve subir 8%, para 1,3 milhão de toneladas, e o faturamento 13,5%, para R$ 4,6 bilhões.





Fonte: Gazeta Mercantil

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