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Economia
Domingo - 29 de Julho de 2007 às 16:29
Por: Fabiana Reis

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Mato Grasso fechou o primeiro semestre de 2007 com 12,140 mil vagas de trabalho abertas. No período, foram oferecidos 29,086 mil postos de trabalho, mas apenas 16,946 mil foram preenchidos. A sobra também ocorreu no mesmo período do ano passado, quando 10,672 mil ofertas não foram ocupadas por trabalhadores. De janeiro a junho de 2006 foram disponibilizadas 25,121 mil vagas no Estado, porém as colocações totalizaram 14,449 mil. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Sistema Nacional de Emprego de Mato Grosso (Sine-MT) e demonstram que as oportunidades existem, no entanto, a falta mão-de-obra especializada somada às exigências por parte das empresas quanto à idade e escolaridade dos candidatos deixa o vácuo entre a oferta e a procura.

A superintendente de Trabalho e Emprego do Sine, Ivone Rosset Rodrigues, afirma que mensalmente sobram vagas em Mato Grosso. Ela explica que vários fatores contribuem para registrar a diferença e que os principais deles são a falta de qualificação, a exigência do mercado e recusa dos próprios candidatos ao baixo salário. "A sobra ocorre porque as pessoas não estão capacitadas para ocupar determinada vaga de trabalho, em contrapartida os empregadores fazem muitas exigências para efetuar as novas contratações".

Ivone completa dizendo que para reduzir a diferença entre a oferta e a procura quando o empregador alega que o candidato está fora do perfil desejado, há a tentativa da flexibilização da vaga. Representantes do Sine tentam argumentar com os empresários em favor dos trabalhadores, especialmente com relação à faixa etária e escolaridade.

Outra justificativa para o excesso de vagas não preenchidas, conforme Ivone, está relacionada ao custo do trabalho. Ela explica que isso ocorre quando o candidato leva em consideração as despesas que terá diante da entrada em um novo emprego, o que reflete diretamente no salário a ser recebido pelo trabalhador.

A superintendente afirma que muitas pessoas não querem as vagas porque os custos que terão para assumir o emprego não valerá a pena. "Muitas vezes tem que contratar uma terceira para ficar em casa e cuidar dos filhos, o que gera gasto. No final do mês, o empregado constata que não compensa ter um emprego que não pagará o suficiente para honrar com os compromissos decorrentes da contratação doméstica", diz Ivone ao informar que o Sine não dispõe de informações sobre em quais setores sobram vagas, mas que para minimizar a dispensa por falta de qualificação, o Sine promove cursos profissionalizantes gratuitamente em várias áreas.





Fonte: A Gazeta

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