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Sexta - 26 de Abril de 2013 às 19:33
Por: Elaine Perassoli

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Wanderlei Guerra/ Mapa
Praga no algodão
Praga no algodão
Publicar a Instrução Normativa SDA, número 12 (IN-12), esta semana, foi um passo importante dado pelo governo federal para controlar a praga helicoverpa no Brasil.  Para o pesquisador do Instituto Matogrossense do Algodão (IMAmt), Miguel Soria, a próxima etapa deve ser a discussão desta IN-12 e a elaboração de um plano regional proativo para cada região. "O Brasil é grande e isso exige manejo diferenciado. O que é bom para um lugar pode não ser para o outro".



 
No Brasil, a Helicoverpa zea é comum principalmente nas lavouras de milho. Já Helicoverpa armigera é algo novo para os produtores. Já foi detectada na Bahia e publicações do setor também já anunciaram a presença desta espécie  em Mato Grosso. Para Miguel ainda é necessário aprofundar as pesquisas e se dedicar ao estudo  do comportamento desta praga.


 
Para o produtor de algodão, Livio Silveira, de Primavera do Leste, a Helicoverpa armigera ainda não é uma realidade, mas mesmo assim preocupa. "Ainda não identificamos a Helicoverpa armigera em nossa região, mas os produtores já estão  em busca de informações sobre o assunto. Todo cuidado é pouco. Sabemos que é uma praga que causa muitos prejuízos". Livio também aposta num plano de combate à praga para cada região. "Isso tem que ser feito em conjunto com os produtores".


 
A Instrução Normativa além de várias orientações sobre o procedimento que deve ser adotado ao identificar a presença da Helicoverpa armigera, também diz que será feito um levantamento fitossanitário. O  objetivo é  delimitar a área de ocorrência da praga e declarar a interdição da região. A IN-12 também estabelece que amostras da praga serão coletadas e encaminhadas para identificação na Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


 
O presidente do Grupo Brasileiro dos Consultores de Algodão, Celito  Breda conta que o problema da Helicoverpa armigera, na Bahia e Piauí foi detectado em fevereiro de 2012  na cultura do algodão.  "No início, achávamos que era a Heliothis e demoramos cerca de 50 dias até termos uma identificação mais precisa. Quando descobrimos que se tratava do gênero Helicoverpa começamos uma verdadeira guerra aumentando gradativamente as doses e diminuindo gradativamente os intervalos de aplicações".

 
 
Celito diz que o prejuízo na cultura do algodão da safra 11/12  foi  de aproximadamente R$ 200 milhões.  Ele diz que este foi um alerta para que se tome providencias severas e determinadas para combater a praga.




Fonte: Do G1 MT

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