Juíza decreta prisão de PMs suspeitos de extorsão no RJ

Rio - Os policiais militares Ulisses Peixoto da Costa e Anderson de Souza Trindade, acusados de extorquir dinheiro de dois policiais americanos em Copacabana, tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza Yedda Christina Ching San, em exercício da Auditoria Militar do Rio. Os policiais, que já estão detidos no 23.º Batalhão (Leblon), serão transferidos para o Batalhão Especial Prisional.

Na decisão, a juíza escreveu que há indícios de prática de crime penal militar e baseou sua decisão nos artigos 254 e 255 do Código de Processo Penal Militar, que prevêem a prisão preventiva quando houver prova do fato delituoso, indícios de autoria e para garantir a ordem pública.

Para Yedda Christina, a extorsão sofrida pelos policiais americanos, de férias no Rio, "abalam ainda mais a imagem do Estado do Rio de Janeiro, em seu potencial turístico e afastam a sensação de segurança indispensável à vida em sociedade e podem reduzir o respeito e a confiança da população na honrada instituição da Polícia Militar do Estado".

Os americanos John Arthur Junior, Carlos Arenivas Sanchez, Bernard Isidro Martinez e Roy Gerard Rissling saíram da boate Help por volta das 3h30 de quarta-feira e, ao pegarem um táxi, foram abordados pelos policias, que encontraram um canivete no bolso de John Arthur. Os PMs o ameaçaram de prisão e exigiram dinheiro em troca da liberdae. Carlos Arenivas foi ao apartamento em que o grupo estava hospedado e entregou US$ 900, 00, R$ 850,00 e um aparelho MP3.

Após o crime, os americanos procuraram a Delegacia de Atendimento a Turistas (Deat), onde registraram os fatos. Costa e Peixoto foram reconhecidos por fotografias. Além disso, o sistema de rastreamento por satélite instalado no carro da polícia mostrou que eles passaram por Copacabana no horário indicado pelos turistas. Os policiais presos se negaram a prestar depoimento e só falarão em juízo.