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Nacional
Sábado - 28 de Julho de 2007 às 15:22

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A edição da “Veja” distribuída neste sábado (28) afirma que as caixas-pretas do Airbus da TAM, que explodiu no dia 17 de julho em São Paulo após colidir com um prédio da própria companhia aérea, apontam que o comandante da aeronave cometeu erro ao pousar.

No entanto a revista destaca que o comprimento da pista, considerada “curta demais”, e a falta de uma área de escape no Aeroporto de Congonhas contribuíram para que o acidente deixasse 199 mortos.

Segundo a publicação, os pilotos não teriam deixado as manetes (alavancas que controlam a potência das turbinas) na posição correta quando o avião tocou a pista. A atitude teria feito com que a turbina esquerda freasse enquanto a direita acelerava.

Com isso, o avião que pousou a cerca de 240 km/h, não conseguiu parar. A “Veja” destaca que as informações são mantidas em sigilo pela Aeronáutica.

Na sexta (27), o chefe do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, havia confirmado a suspeita de que a tragédia foi motivada pela posição das manetes. “A primeira coisa é levantar uma suspeita. Pode existir uma suspeita. E é preferível errar por excesso.”

O brigadeiro ressaltou, porém, que as manetes não podiam ser consideradas um fator preponderante na tragédia. “Com certeza, são vários fatores. Um fator sozinho não vai levar ao acidente.”

Reverso

A “Veja” concluiu que o acidente tem relação indireta com o fato de, naquele dia, o avião estar com o reverso direito travado. Reverso é o equipamento que inverte a pressão da turbina e ajuda a aeronave a frear.

O aparelho não impede a aeronave de pousar, mas segundo orientações da fabricante da aeronave, a Airbus, quando um dos reversos não está funcionando o modo de operar as manetes é diferente. E é aí que, segundo a revista, o piloto pode ter errado.

Na terça (24) a Airbus divulgou um novo comunicado relembrando os procedimentos para aterrissagem sem um dos reversos.

A reportagem diz que o erro humano já foi cometido pelo menos em outras duas ocasiões, em 1998 nas Filipinas e em 2004 em Taiwan, por conta da falta do reverso. Por conta disso, a Airbus até já teria recebido recomendações para melhorar o sistema de alerta quando as manetes estão em posição errada.

Segundo a revista, apesar de ter sido detectada falha humana, as investigações, que devem durar dez meses, mostrarão que se as condições da pista fossem adequadas o acidente não seria tão grave.





Fonte: G1

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