TV dos EUA levanta trabalho escravo em MT
A Bloomberger Television não descobriu Mato Grosso por acaso. Com uma extensão de 906.806 k2, o Estado ostenta de um lado o título de território do agronegócio, com as primeiras colocações em âmbito nacional na produção de soja, algodão e rebanho bovino, mas, na outra ponta, apresenta dados negativos. Está entre os primeiros do país em desmatamento e queimadas ilegais e, para piorar, também se destaca em número de registros de trabalho escravo.
Pelo menos 3 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram libertados em Mato Grosso nos últimos 5 anos. Quase 10% das propriedades e empresas que constam na "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego, que relaciona as áreas onde foram detectados trabalhadores nestas condições, também estão em solo mato-grossense. São números que colocam o Estado em segundo lugar do ranking da escravidão do Brasil. Em muitos casos, o trabalho escravo se associa ao avanço do agronegócio, com abertura de novas fronteiras agrícolas, associado com crimes ambientais e grilagem de terras. Mato Grosso só perde nos dados de escravidão para o Pará.
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