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Com ouro histórico, boxe cumpre missão e faz festa baiana
O boxe brasileiro deixa o Pan do Rio com a primeira medalha de ouro conquistada em 44 anos e um enorme sentimento de missão cumprida. O meio-médio Pedro Lima venceu o americano Demetrius Andrade por 7 pontos a 6 em uma luta que mudou de lado três vezes nos últimos 56 segundos.
Pedro conseguiu colocar o golpe que lhe deu a vitória 11 segundos antes do final do combate quando os torcedores de pé já estavam gritando "É campeão".
"No final era tanto golpe que eu nem via mais nada. Primeiro eu vi que estava perdendo depois virou. E eu ainda estava batendo quando a luta já tinha acabado", disse Pedro, cercado por torcedores e abraçado a membros da comissão técnica do Brasil.
Pedro terminou o primeiro round liderando por 2 a 0. No segundo o placar estava em 4 a 1 e o terceiro fechou em 5 a 3. Quando faltava 1 minuto e 18 para o final do combate, a luta se transformou numa pancadaria aberta.
O norte-americano empatou o combate quando faltavam 56 segundos. A 44s do final a luta virou com 6 a 5 para o americano. Pedro voltou a empatar, 6 a 6, para garantir a vitória logo depois.
Segundo o técnico norte-americano, a falta de pontuação no início do combate foi culpa dos juízes. "Os caras estavam dormindo. O juiz do nosso lado estava vendo televisão. Tivemos que virar o monitor para o outro lado para ele acordar", disse Dan Campbell.
A festa do ouro no boxe foi uma festa da Bahia. O técnico Luiz Barreto, o "Dória", foi responsável pelo início de carreira de Popó e agora colocou debaixo de suas asas outros seis lutadores.
Popó foi embaixador do boxe no Pan. Ele atuou como chefe de equipe e foi o condutor das comemorações antes, durante e depois da cerimônia das medalhas, que foram entregues pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
A torcida brasileira lutou com Pedro na final e acabou transformando a festa do boxe em uma imensa comemoração que incluiu o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente da Odepa, Mario Raña. Para muitos, porém, a galera exagerou nas vaias e nas ofensas aos adversários do Brasil.
"Tudo o que a gente busca é uma disputa justa. O que se viu aqui foi muito diferente. Vimos torcedores nos vaiando, xingando e fazendo gestos obscenos aos nossos atletas. Se o meu país fez qualquer coisa contra os torcedores daqui estes garotos não têm culpa. Se os lutadores brasileiros ou mesmo de Cuba forem a Chicago serão bem tratados", disse o técnico americano Campbell.
"O Brasil está de parabéns. Ganhar fora daqui é tão difícil que vale por dois. A torcida brasileira deu show hoje aqui. Acho que ele foi infeliz nas palavras dele", respondeu o técnico brasileiro.
FESTA BAIANA
Pedro Lima vendia chocolate na rua quando foi encaminhado para a academia de "Dória". Agora, ele é campeão pan-americano e sonha com o título olímpico.
"Vamos lá buscar esta Olimpíada. Meu plano é esse. É seguir sofrendo, seguir lutando, seguir aprendendo. Meu plano é ser campeão", disse ele numa entrevista coletiva em que a euforia dos atletas e da comissão técnica não deixava espaço para mais nada.
A vitória de Pedro Lima no Pan foi na prática uma vitória do boxe baiano e por isso ele levou a bandeira do Estado até o pódio. "A Bahia é a terra do boxe no Brasil", disse Dória, lembrando que o secretário de esportes de Salvador, Popó, vai "ajudar" a equipe olímpica a conseguir "traquilidade para trabalhar" (patrocínio).
Popó por seu lado não fugiu às suas responsabilidades imediatas. "Quando Pedro chegar a Salvador na segunda-feira vai ter carro de bombeiro esperando ele para passear e uma grande festa. Devo isso a ele", falou.
E como a festa estava baiana demais, Pedro se lembrou de fazer uma homenagem ao grupo de paraenses que também faz parte da delegação de ouro do boxe brasileiro.
Pedro conseguiu colocar o golpe que lhe deu a vitória 11 segundos antes do final do combate quando os torcedores de pé já estavam gritando "É campeão".
"No final era tanto golpe que eu nem via mais nada. Primeiro eu vi que estava perdendo depois virou. E eu ainda estava batendo quando a luta já tinha acabado", disse Pedro, cercado por torcedores e abraçado a membros da comissão técnica do Brasil.
Pedro terminou o primeiro round liderando por 2 a 0. No segundo o placar estava em 4 a 1 e o terceiro fechou em 5 a 3. Quando faltava 1 minuto e 18 para o final do combate, a luta se transformou numa pancadaria aberta.
O norte-americano empatou o combate quando faltavam 56 segundos. A 44s do final a luta virou com 6 a 5 para o americano. Pedro voltou a empatar, 6 a 6, para garantir a vitória logo depois.
Segundo o técnico norte-americano, a falta de pontuação no início do combate foi culpa dos juízes. "Os caras estavam dormindo. O juiz do nosso lado estava vendo televisão. Tivemos que virar o monitor para o outro lado para ele acordar", disse Dan Campbell.
A festa do ouro no boxe foi uma festa da Bahia. O técnico Luiz Barreto, o "Dória", foi responsável pelo início de carreira de Popó e agora colocou debaixo de suas asas outros seis lutadores.
Popó foi embaixador do boxe no Pan. Ele atuou como chefe de equipe e foi o condutor das comemorações antes, durante e depois da cerimônia das medalhas, que foram entregues pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
A torcida brasileira lutou com Pedro na final e acabou transformando a festa do boxe em uma imensa comemoração que incluiu o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente da Odepa, Mario Raña. Para muitos, porém, a galera exagerou nas vaias e nas ofensas aos adversários do Brasil.
"Tudo o que a gente busca é uma disputa justa. O que se viu aqui foi muito diferente. Vimos torcedores nos vaiando, xingando e fazendo gestos obscenos aos nossos atletas. Se o meu país fez qualquer coisa contra os torcedores daqui estes garotos não têm culpa. Se os lutadores brasileiros ou mesmo de Cuba forem a Chicago serão bem tratados", disse o técnico americano Campbell.
"O Brasil está de parabéns. Ganhar fora daqui é tão difícil que vale por dois. A torcida brasileira deu show hoje aqui. Acho que ele foi infeliz nas palavras dele", respondeu o técnico brasileiro.
FESTA BAIANA
Pedro Lima vendia chocolate na rua quando foi encaminhado para a academia de "Dória". Agora, ele é campeão pan-americano e sonha com o título olímpico.
"Vamos lá buscar esta Olimpíada. Meu plano é esse. É seguir sofrendo, seguir lutando, seguir aprendendo. Meu plano é ser campeão", disse ele numa entrevista coletiva em que a euforia dos atletas e da comissão técnica não deixava espaço para mais nada.
A vitória de Pedro Lima no Pan foi na prática uma vitória do boxe baiano e por isso ele levou a bandeira do Estado até o pódio. "A Bahia é a terra do boxe no Brasil", disse Dória, lembrando que o secretário de esportes de Salvador, Popó, vai "ajudar" a equipe olímpica a conseguir "traquilidade para trabalhar" (patrocínio).
Popó por seu lado não fugiu às suas responsabilidades imediatas. "Quando Pedro chegar a Salvador na segunda-feira vai ter carro de bombeiro esperando ele para passear e uma grande festa. Devo isso a ele", falou.
E como a festa estava baiana demais, Pedro se lembrou de fazer uma homenagem ao grupo de paraenses que também faz parte da delegação de ouro do boxe brasileiro.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/214649/visualizar/
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