Após 60 dias, inquérito sobre "simulação trágica" da PM segue aberto
A polícia militar chegou a pedir a prisão preventiva de dois dos sete policiais militares que participaram da simulação de seqüestro em que as balas de verdade foram colocadas nas armas no lugar das de festim. Embora tenha solicitado a prisão, os nomes dos militares não foram divulgados e nem foram apresentadas as provas contra eles.
Os dois policiais militares presos são os que estavam com as espingardas calibre 12 de onde provavelmente saíram os tiros com balas de verdade. Das três armas apreendidas na época, que estavam com os três policiais que atiraram de dentro para fora do ônibus, apenas uma foi descartada por exclusão. O policial conseguiu comprovar que tinha colocado balas de festim.
A polícia civil ainda não apontou culpados. O inquérito conduzido por ela ainda está em andamento. O delegado responsável pelas investigações, João Pessoa, solicitou dilação de prazo do inquérito no final de junho e há uma semana ainda não tinha recebido resposta. O delegado está de férias e deve retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (30).
Por telefone, ele informou nesta tarde que para a concluir o inquérito ainda são necessárias duas informações: o resultado da perícia técnica do áudio do vídeo gravado no dia da tragédia, que está sendo feita pela coordenação de criminalística da Polícia Federal em Brasília e a reconstituição do que aconteceu no dia 26 de maio, na apresentação da PM, durante o Mutirão da Cidadania realizado pela Prefeitura Municipal.
De acordo com João Pessoa, o material para análise foi mandado para Brasília há cerca de um mês, mas não há data para a liberação do resultado da perícia, que depende da quantidade de trabalho da PF.
“Assim que tivermos estas informações, vamos estar concluindo o inquérito, mas dependemos disso para darmos continuidade nas investigações”, finalizou.
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