PIB dos EUA se recupera, mas cresce menos que esperado no 1º trimestre

A economia dos Estados Unidos acelerou o ritmo de expansão, com alta de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2013, segundo dados do Departamento de Comércio divulgados nesta sexta-feira. Os números, no entanto, são menores que o esperado pelos economistas.

A alta mostra a retomada do crescimento americano após um quarto trimestre de 2012 com leve alta de 0,4%, causada principalmente pelos efeitos da crise na Europa nas exportações. Os economistas, porém, estimavam uma alta de 3% para o período entre janeiro e março.

Os economistas apontam como responsáveis pelo resultado mais baixo que o esperado o fim das isenções e reduções de impostos nos Estados Unidos, em janeiro e fevereiro. O aumento dos tributos foi autorizado pelo presidente Barack Obama para evitar aumentar a arrecadação e diminuir o deficit público.

A maioria dos setores registrou alta nos últimos meses, liderada pelo consumo das famílias, que subiu 3,2% no primeiro trimestre, maior expansão desde o quarto trimestre de 2010. No quarto trimestre, a expansão foi de 1,8% no setor, que representa 60% da composição do PIB americano.

No entanto, analistas estimam que esse crescimento não será duradouro, pois o montante de poupança das famílias diminuiu 5,3% no período, maior nível de saques desde o terceiro trimestre de 2009. Os setores mais beneficiados pela alta do consumo foram o automobilístico e o de utilidades domésticas.

Por outro lado, as despesas governamentais diminuíram 4,1%, a primeira queda em mais de três anos. O principal responsável foram os gastos militantes, de 11,5%, menor nível desde 1954.

O relatório do PIB também pode dar munição para o Federal Reserve, banco central do país, manter seu estímulo monetário. A expectativa é de que o Fed, que se reúne na próxima semana, mantenha a compra de títulos a um ritmo de US$ 85 bilhões (R$ 170 bilhões) por mês.

A situação econômica dos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, provoca forte influência nos mercados financeiros, inclusive no Brasil. Os americanos são os principais compradores dos produtos brasileiros.