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Economia
Quinta - 26 de Julho de 2007 às 09:55

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Madri - O banco espanhol Santander Central Hispano está em negociações para vender seus ativos de fundos de pensão na América Latina, afirmou hoje seu executivo-chefe, Alfredo Saenz. Segundo ele, esses ativos não fazem parte dos principais negócios do banco.

"Estamos tentando vender essas operações há anos", disse o executivo a analistas em teleconferência para comentar o balanço trimestral divulgado hoje. "Estamos em negociações muito avançadas, que provavelmente resultarão numa venda."

No início desta semana, a imprensa argentina informou que o grupo holandês ING concordou em comprar os fundos de pensão do banco espanhol na Argentina, Chile, México e Colômbia por um preço entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão. Representantes das duas companhias recusaram-se a comentar as reportagens.

Saenz disse que a possível venda não está relacionada à necessidade de levantamento de fundos para a compra do holandês ABN Amro. O Santander faz parte de um consórcio de bancos que ofereceu 72 bilhões de euros para comprar o ABN. O líder do consórcio, que inclui o Fortis, é o Royal Bank of Scotland (RBS).

Balanço

O banco Santander Central Hispano obteve lucro líquido de 2,66 bilhões de euros (US$ 3,65 bilhões) no segundo trimestre deste ano, montante 54% maior que o de 1,72 bilhão de euros registrado em igual período do ano passado. A estimativa média de sete analistas consultados pela agência Dow Jones era de lucro de 2,54 bilhões de euros. O resultado deste ano inclui um ganho de capital de 566 milhões de euros com a venda de uma fatia no banco italiano Intesa Sanpaolo.

A receita financeira líquida cresceu quase 26% na mesma base de comparação, atingindo 3,91 bilhões de euros, superando a previsão média dos analistas, de 3,7 bilhões de euros. O resultado foi ajudado pelo aumento de 16% do volume de crédito. No primeiro semestre, o banco teve lucro líquido de 4,46 bilhões de euros e receita total de 13,2 bilhões de euros, 22% maior que a de igual período do ano passado.

O banco, que é o maior da zona do euro em capitalização de mercado, mostrou vigor em todas as áreas geográficas em que atua. O Santander está ficando "mais agressivo em depósitos e crédito", disse o analista Mario Lodos, da Ibersecurities. "Os números mostram que seus esforços de marketing estão valendo a pena."

O Santander, que faz parte do consórcio interessado em comprar o ABN Amro, afirmou que irá pedir ao seus acionistas, em assembléia extraordinária agendada para amanhã, aprovação para levantar cerca de 9 bilhões de euros em novas ações e bônus conversíveis, que contribuirão para financiar a transação. As informações são da Dow Jones.





Fonte: AE

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