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Sem-terra protestam contra Calheiros em Murici-AL
Maceió - Cerca de 2.500 trabalhadores rurais sem-terra, ligados a quatro movimentos sociais - MST, CPT, MLST e MTL - realizaram hoje uma grande manifestação em defesa da reforma agrária e contra a grilagem de terras em Alagoas. O ato público, seguido de passeata, aconteceu na cidade de Murici, a 59 quilômetros de Maceió. Os manifestantes ameaçaram invadir a fábrica de refrigerantes da Schincariol, o Cartório, o Fórum e a Prefeitura do Município, cujo prefeito, Renan Filho, é filho do senador Renan Calheiros, presidente do Senado. Entre os manifestantes estavam parte das 400 famílias de sem-terra que invadiram ontem a fazenda Boa Vista, do deputado federal Olavo Calheiros, irmão do senador.
As lideranças dos movimentos denunciam a família Calheiros de grilagem de terras e vão entrar com uma ação na Justiça exigindo intervenção no Cartório de Murici. Eles denunciam a dona do Cartório, Maria de Lourdes Ferreira Moura, de falsificar escrituras e certidões para "legalizar" terras griladas pela família do presidente do Senado. "Em 2005, ocupamos esse cartório para perguntar a dona Lourdes onde estão as escrituras da terras das usinas falidas, que devem ao INSS e ao Banco do Brasil, mas tomamos conhecimento que a documentação tinha sido desviada", afirmou Carlos Lima, coordenador da Comissão Pastoral da Terras (CPT). "Por isso, agora não resta outra alternativa senão pedir intervenção nesse Cartório", acrescentou Lima.
Fazenda ocupada
Depois do ato público em frente à prefeitura, os manifestantes saíram em passeata até a entrada da cidade, onde vários ônibus e caminhões os esperavam para levá-los para a fazenda Boa Vista. Os ônibus e caminhões foram cedidos por prefeituras cujos prefeitos foram presos acusados de roubo de merenda escolar, como as prefeitura de Matriz de Camaragibe e Paripueira. Um dos ônibus tinha o adesivo do Grupo João Lyra, que pertence ao ex-deputado federal João Lyra, presidente do PTB de Alagoas e adversário de Renan Calheiros. Na eleição de 2006, Lyra disputou e perdeu o governo do Estado para o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que foi eleito com apoio de Renan e do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
As lideranças dos movimentos denunciam a família Calheiros de grilagem de terras e vão entrar com uma ação na Justiça exigindo intervenção no Cartório de Murici. Eles denunciam a dona do Cartório, Maria de Lourdes Ferreira Moura, de falsificar escrituras e certidões para "legalizar" terras griladas pela família do presidente do Senado. "Em 2005, ocupamos esse cartório para perguntar a dona Lourdes onde estão as escrituras da terras das usinas falidas, que devem ao INSS e ao Banco do Brasil, mas tomamos conhecimento que a documentação tinha sido desviada", afirmou Carlos Lima, coordenador da Comissão Pastoral da Terras (CPT). "Por isso, agora não resta outra alternativa senão pedir intervenção nesse Cartório", acrescentou Lima.
Fazenda ocupada
Depois do ato público em frente à prefeitura, os manifestantes saíram em passeata até a entrada da cidade, onde vários ônibus e caminhões os esperavam para levá-los para a fazenda Boa Vista. Os ônibus e caminhões foram cedidos por prefeituras cujos prefeitos foram presos acusados de roubo de merenda escolar, como as prefeitura de Matriz de Camaragibe e Paripueira. Um dos ônibus tinha o adesivo do Grupo João Lyra, que pertence ao ex-deputado federal João Lyra, presidente do PTB de Alagoas e adversário de Renan Calheiros. Na eleição de 2006, Lyra disputou e perdeu o governo do Estado para o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que foi eleito com apoio de Renan e do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/214868/visualizar/
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