Anac pode transferir vôos executivos de Congonhas para Jundiaí

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, disse nesta quarta-feira que estuda a possibilidade de transferir os vôos executivos retirados na semana passada do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) para o terminal de Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo). Os vôos foram alternados por determinação do Conac (Conselho de Aviação Civil).

Segundo Zuanazzi, agora, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) irá levantar recursos e se reunir com a Prefeitura de Jundiaí para avaliar a viabilidade do projeto. Ele diz que a pista do aeroporto tem 1.400 metros de extensão e não pode ser ampliada --o que o impossibilita de servir também à aviação comercial. "Talvez Jundiaí seja uma boa alternativa."

Conforme o Conac, a Anac tem dois meses para decidir o destino dos vôos executivos.

Zuanazzi presta depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara nesta quarta.

Mais cedo, o presidente disse que o Airbus-A320 da TAM que perdeu o controle ao pousar em Congonhas, atravessou a avenida Washington Luís e bateu no galpão da TAM Express terça-feira passada (17) não apresentava defeitos na ocasião do acidente. Ele negou ainda que houvesse defeitos na pista de Congonhas pela qual o avião passou sem frear.

O acidente matou cerca de 200 pessoas e é o maior da história aeronáutica brasileira.

No depoimento à CPI, Zuanazzi ainda negou que tenha culpa ou responsabilidades no agravamento da crise aérea, após o acidente.

"Creio que as críticas são injustas. Ninguém gosta de ouvir críticas injustas. A agência [Anac] é essencialmente limitada por lei."