Distância de atletas afugenta público das competições de vela

A distância dos atletas e a dificuldade de observar os ídolos afastou o público de assistir às provas de vela na Marina da Glória. Mesmo sem cobrança de ingressos, o esporte atrai público ínfimo, cerca de 20 pessoas.

Para os torcedores, a explicação é simples: sem binóculo, as competições são praticamente invisíveis a olho nu.

O casal formado pela turista baiana Bia Novaes e pelo paulista André Novaes trouxe o pequeno João Pedro, 10 meses, para acompanhar as regatas. Diante da falta de visão encarava com bom humor as competições. "Não dá para enxergar muito, mas dá pra ver o visual", disse Bia.

A fisioterapeuta Meire Freitas se dizia frustrada com a pouca visibilidade e a falta de conforto. "Não dá pra enxergar nada, seria bom pelo menos uma arquibancada."

O velejador Ricardo Winicki, o Bimba, que ganhou a sexta regata hoje e está em segundo na classificação geral na categoria RS:X, disse que o público que tenta assistir às provas em barcos também sofre.

Ele disse que no último domingo a própria família dele desistiu de acompanhar a prova depois de ser obrigada pela Polícia Federal a ficar mais de 500 metros distante.