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Internacional
Terça - 24 de Julho de 2007 às 10:38

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Genebra - O governo dos Estados Unidos deixa claro: quer uma moratória nas disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC) no setor agrícola para que possa aceitar um acordo de redução de subsídios. Além disso, rejeita o estabelecimento de um limite de US$ 13 bilhões em seus subsídios agrícolas distribuídos por ano. O valor é defendido pelo Brasil e demais países emergentes como condição para a conclusão da Rodada Doha, lançada em 2001.

A proposta americana é de que os países seriam proibidos de entrar em disputas nos tribunais da OMC por alguns anos após a conclusão da Rodada Doha. Na sexta-feira, a entidade anuncia o resultado do contencioso envolvendo o Brasil e Estados Unidos no setor do algodão.

Brasília ainda anunciou na semana passada que estava iniciando outra queixa contra os subsídios americanos à soja, milho e açúcar. Para o governo americano, seria "justo" que um processo negociador terminasse também com uma moratória nas guerras comerciais na OMC.

Subsídios

A lógica é de que os americanos precisarão de garantias de que não serão mais uma vez questionados legalmente até que implementem os eventuais acordos de redução de subsídios. "Os números que vamos chegar em um acordo precisarão ser protegidos", afirmou Joe Glauber, negociador americano para temas agrícolas.

Uma última condenação poderá sair na sexta-feira, quando a OMC irá decretar se de fato os americanos cumpriram com as determinações de retirar os subsídios. O governo brasileiro já deixou claro que é contrário a uma nova moratória e não escondeu a satisfação de ver que a proposta da OMC lançada na semana passada não incluía a cláusula. Mas os americanos afirmam que vão continuar pressionando para que o tema volte à agenda nos próximos meses.

Valores

Glauber voltou a declarar que os Estados Unidos rejeitam a idéia de estabelecer um teto para seus subsídios em US$ 13 bilhões. Pela proposta apresentada pela OMC, o limite poderia estar entre US$ 13 bilhões e US$ 16,4 bilhões. Países como o Brasil insistem que o preço deve ficar próximo de US$ 13 bilhões. Mas Joe Glauber garante: "isso está fora de questão". Ele não rejeita, porém, discutir valor próximo a US$ 16,4 bilhões.




Fonte: AE

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