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Sexta - 26 de Abril de 2013 às 08:07
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Cinco pessoas morrem em acidentes de trabalho na última semana em Mato Grosso. Um jovem, de 21 anos, morreu soterrado em um contêiner, na construção da usina hidrelétrica do Teles Pires, no município de Paranaíta (851 km ao norte de Cuiabá) na última quarta-feira (24). No domingo um acidente envolvendo um silo de armazenagem de grãos matou quatro pessoas em Canarana (823 km a leste de Cuiabá). 

 
 
De acordo com a Delegacia Regional da Polícia Civil de Paranaíta, o rapaz A.S.S., que trabalhava no setor de logística da obra, caiu em um contêiner que é utilizado para fazer a divisão do material usado para fazer o concreto. A máquina despeja cerca de 50 mil quilos de areia em aproximadamente seis minutos. 

 
 
Segundo a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do município de Paranaíta, A.S.S. caiu de uma altura de aproximadamente 4 metros de profundidade e chegou a ser socorrido e levado para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no trajeto. 

 
 
O delegado Arnon Osny Mendes Lucas, da Polícia Civil de Paranaíta, afirmou que o caso está sendo tratado como acidente de trabalho. Ele espera os resultados do exame de necropsia, que vai averiguar as causas da morte do rapaz, e da perícia feita no local do acidente para poder começar as investigações. O prazo para a entrega do resultado do exame e da perícia varia de 10 a 15 dias. 



 
O corpo do operário foi levado para Guarantã do Norte, (715 km ao norte de Cuiabá), onde aconteceu o velório. 

 
 
Segundo dados do dados apresentados pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, nos últimos dois anos o estado de Mato Grosso foi o pior do país no quesito acidentes de trabalho. Foram 20 mortes por ano para cada 100 mil habitantes. 

 
 
O setor da construção civil, que foi onde o jovem morreu, é que mais apresenta vítimas fatais. Em segundo vem os frigoríficos e em terceiro o setor madeireiro. 

 
 
No domingo quatro funcionários de Cargill, no município de Canarana, morreram após um armazém ter desabado. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas faziam a limpeza do local, quando uma das estruturas de metal que armazenava soja se rompeu e caiu sobre elas. 

 
 
Segundo o chefe da fiscalização na Superintendência do Trabalho e Emprego(SRTE), Amarildo Borges de Oliveira, uma equipe de auditores será designada para fiscalizar o armazém. “As investigações costumam demorar de quatro a cinco meses. Até lá não teremos muito mais informações para fornecer. O superintendente não soube dizer quando ou se uma equipe será enviada para fiscalizar a obra de Paranaíta.





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