Cristina Kirchner inicia campanha internacional pela Presidência

Ao se encontrar com o rei Juan Carlos, na Espanha, nesta segunda-feira, Cristina Fernández Kirchner começa a apresentar à comunidade internacional sua candidatura à Presidência argentina.

A atual primeira-dama da Argentina chegou domingo à Madri acompanhada do chanceler, Jorge Taiana, e do porta-voz Miguel Núñez. Ela será recebida no Palácio de Marivent de Mallorca, nas Ilhas Baleares, residência de veraneio da família real, pelos monarcas Juan Carlos e Sofía, que lhe oferecerão um almoço.

Logo após, Cristina deve se dirigir à Madri, onde visitará a casa do escritor e ensaísta espanhol Francisco Ayala, 101, que viveu na Argentina em seus primeiros anos de exílio.

A primeira-dama fará amanhã uma palestra no Fórum de Nova Economia, no hotel Ritz de Madri, apresentada pela secretária de Estado para a Iberoamérica, Trinidad Jiménez.

Mais tarde, em La Moncloa, ela se reunirá também com o premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e com a vice-premiê María Teresa Fernández de la Vega, com quem jantará.

Na quarta-feira, último dia da visita, a candidata presidencial prestará, na estação madrilena de Atocha, uma homenagem às vítimas dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri.

Nesse mesmo dia ela participará de uma reunião com o chefe da oposição, Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP), e estará presente em um almoço oferecido pela Confederação Espanhola de Organizações Empresariais, junto com empresários que mantêm investimentos na Argentina.

Seu último compromisso será a visita à sede da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), dirigida por Enrique Iglesias.

Atual favorita, Cristina anunciou sua candidatura pouco depois da vitória do presidente do Boca Juniors, Mauricio Macri, na disputa para prefeito de Buenos Aires. Macri é um crítico de Kirchner e derrotou nas urnas o candidato governista, Daniel Filmus.

Se vencer em outubro, a atual primeira-dama será a primeira presidente eleita da Argentina. Maria Estela Martinez de Perón, conhecida como Isabelita, governou o país entre 1974 e 1976, mas assumiu depois da morte do marido, Juan Domingos Perón.