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Internacional
Segunda - 23 de Julho de 2007 às 10:35

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O Irã confirmou hoje que uma segunda rodada de negociações diretas entre Teerã e Washington ocorrerá na terça-feira em Bagdá, com a participação de representantes do Governo iraquiano, segundo a agência "Irna".

O embaixador do Irã no Iraque, Hassan Kazemi, disse à "Irna" que ele mesmo presidirá a delegação iraniana, formada pelo diretor-geral do Conselho de Segurança Nacional do país, Reza Amiri, e pelo responsável do Departamento do Iraque no Ministério de Assuntos Exteriores, Hussein Amir Abdalahiyan.

Já os Estados Unidos serão representados por seu embaixador no Iraque, Ryan Crocker. Segundo Kazemi, a reunião "abordará somente assuntos relacionados com a segurança do Iraque".

Os membros da delegação iraniana foram recebidos hoje em Bagdá pelo primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al-Maliki, que expressou a esperança em que as negociações "tenham sucesso e ajudem a restabelecer a segurança no Iraque".

A primeira reunião entre Kazemi e Crocker ocorreu em 28 de maio na capital iraquiana e foi considerada o primeiro contato direto entre Washington e Teerã em mais de 27 anos.

Neste primeiro encontro, Kazemi criticou o fato de as Forças de Segurança iraquianas "não serem capazes de se defender" contra os grupos terroristas que atuam no Iraque. "Por que não armam bem as forças de segurança?", questionou.

Kazemi se referiu ao "limitado controle do Governo iraquiano sobre as forças de segurança e o desconhecimento, por parte dos estrangeiros, da cultura e das sensibilidades religiosas dos iraquianos".

O Irã, país que tem uma influência especial sobre a majoritária comunidade xiita do Iraque, culpa as "forças de ocupação" pela insegurança e pelo conflito sectário no país vizinho. Teerã exige que Washington anuncie um calendário para a retirada de suas tropas do território iraquiano.

Já os EUA acusam o Irã de fornecer armas a grupos insurgentes sunitas que atacam as tropas americanas no Iraque, e a milícias radicais xiitas, incluindo o Exército Mehdi, acusado pelos sunitas de ter ligação com o conflito sectário no país.





Fonte: EFE

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