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Sábado - 14 de Dezembro de 2013 às 13:51
Por: YURI RAMIRES

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O luto dos ciclistas de Cuiabá é recente, mas a luta não. O movimento “Ciclovia Já”, composto por pessoas que usam a bicicleta para além das práticas esportivas está se intensificando na capital e de forma organizada, legitimando a busca por políticas públicas. 

A morte do ciclista Enéas Cardoso no final do mês passado, colocou a discussão da implementação de ciclovias em pauta. E, infelizmente, acabou se tornando mais um argumento na luta para sensibilizar o poder público. 

Uma “Ghost Bike”, na tradução bicicleta fantasma, foi fixada na Avenida Miguel Sutil, no local em que Enéas foi atropelado. Segundo o movimento, a Ghost Bike consiste em uma bicicleta pintada de branco, que é posta no local onde um ciclista foi morto por um veículo motorizado a fim de homenageá-lo. 

Segundo Malu Brandão, uma das organizadoras do movimento "Ciclovia Já", essa foi a primeira bicicleta fantasma fixada em Cuiabá e está representando todas as outras mortes que foram registradas devido a ineficiência da malha cicloviária. 

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL - O Projeto de Lei que visa instituir a bicicleta como modal de transporte regular em Cuiabá está tramitando pela Assembleia Legislativa. De autoria do deputado José Riva, o projeto nº205/2012 foi constituído com base em uma petição pública criada pelo movimento. 

O projeto prevê que a bicicleta seja reconhecida como meio de transporte regular, criação do sistema cicloviário, além de promover campanhas de educação e sensibilização para a cultura do uso da bicicleta, bem como incentivar a prática que visa benefícios na qualidade de vida. 

Segundo Malu, o movimento está se reunindo com Riva para monitorar o desenvolvimento do projeto e que adesão da sociedade ao movimento, impulsiona a vontade popular na implementação da malha cicloviária. 

Um abaixo-assinado circula na internet desde 2011, pedindo que a lei da bicicleta seja instituída. Na época, o movimento pedia que a ciclovia fosse contemplada junto com o Plano de Mobilidade Urbana para a Copa de 2014, o que não foi feito. 

Para fechar o ano, no dia 27 acontece a última "bicicletada" na capital. O objetivo é celebrar o movimento e pedir pela paz no trânsito. 





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