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Polícia Brasil
Domingo - 22 de Julho de 2007 às 08:40
Por: Andréia Fontes

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A mulher do ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, Valdete Pedroso, está grávida e está será uma das justificativas que a defesa do réu irá apontar à Justiça nesta semana no pedido para que ele volte para a Penitenciária Pascoal Ramos. O advogado de Hércules, Jorge Godoy, afirma que a transferência do réu para a penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS), na sexta-feira (20), o afasta do convívio familiar.

Por mais que a juíza Nilza Maria Pôssas, que autorizou a transferência, aponte que a penitenciária de Campo Grande foi escolhida justamente para que Hércules, assim como o ex-policial Célio Alves de Souza que também foi transferido, fiquem mais perto de suas famílias, o advogado Jorge Godoy afirma que a mulher, assim como a mãe dele e a filha, não têm condições financeiras para se deslocarem até Mato Grosso do Sul para visitá-lo, uma vez que a distância é de 694 km de Cuiabá.

Hércules pode permanecer por até até dois anos na penitenciária federal de MS. A permanência dos presos nestas penitenciárias é de 360 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Além disso, após estes dois anos, o Estado pode pedir que o réu vá, por exemplo, para outra penitenciária de segurança máxima.

A gravidez de Valdete, segundo o advogado de Hércules, é de três ou quatro meses. A filha dele tem seis anos. Para se deslocar até Campo Grande, a mulher gastaria, no mínimo R$ 200 de transporte, sem contar com a permanência na cidade e alimentação.

A passagem mais barata de avião para Campo Grande custa hoje R$ 179, somente a ida. A de ônibus cerca de R$ 100 a R$ 110 também só a ida.

Além disso, o advogado afirma ainda que a mãe de Hércules mudou para Cuiabá no ano passado para poder ficar próxima ao filho. Ela morava em Machadinho D"Oeste (RO).

Além da questão familiar, o advogado aponta ainda que houve cerceamento de defesa na transferência, uma vez que não teve a oportunidade de se manifestar no pedido autorizado.

Hoje existem no Brasil duas penitenciárias federais de segurança máxima, sendo a de Campo Grande e a de Catandúvas (PR). O governo federal ainda prevê a construção de mais duas unidades em Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).




Fonte: A Gazeta

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