Maior central operária argentina apóia candidatura da primeira-dama

O líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina, Hugo Moyano, disse que todos os dirigentes da maior central operária do país apóiam a candidatura presidencial da primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner.

"A imensa maioria da CGT, eu diria que a totalidade, já definiu o apoio à candidatura da senadora Cristina Fernández. Eu não tive conhecimento de que algum outro dirigente vá apoiar outra candidatura", afirmou Moyano.

Além disso, o líder sindical antecipou que a CGT prepara um documento para expressar publicamente o respaldo da organização à candidatura da primeira-dama, nas eleições presidenciais de 28 de outubro.

"Com candidatos como a doutora Cristina Fernández vamos pedir uma reunião, pois a imensa maioria do Conselho Diretor já decidiu apoiá-la", assinalou Moyano, que também elogiou o discurso realizado pela senadora durante o lançamento de sua candidatura, em La Plata.

"Consideramos muito inteligente sua proposta de diálogo social. É necessário implementar algo que nos permita continuar com este avanço da economia, com o desenvolvimento, sem que afete nenhuma das partes", afirmou o sindicalista.

Quanto ao diálogo proposto pela candidata durante o discurso, Moyano considerou que "seria preciso tomar quatro ou cinco pontos base, e um deles seria manter o poder aquisitivo do salário e melhorá-lo, em muitos casos, porque ainda não se conseguiu estabilizá-lo".

A esposa do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, apresentou sua candidatura na quinta-feira, em La Plata, com a presença de cerca de dois mil presentes, dentre os quais seu marido.

A primeira-dama lançou a candidatura em meio a escândalos de corrupção que envolvem funcionários do Governo Kirchner.

No entanto, as últimas pesquisas indicam que a senadora, de 54 anos, está em primeiro lugar nas pesquisas, com 48% das intenções de voto.