Repórter News - reporternews.com.br
Esportes
Sábado - 21 de Julho de 2007 às 19:49

    Imprimir


RIO DE JANEIRO - Adrianinha é multifuncional na seleção brasileira de basquete que disputa os Jogos Pan-Americanos. Única armadora na equipe, ela não só comanda as jogadas como se arrisca em meio às altas pivôs para disputar rebotes.

Com apenas 1m70 de altura, a jogadora de 28 anos quase some ao lado de algumas de suas colegas de equipe, como as pivôs Ísis, de 2m02, e Mamá, de 1m93.

Mas ela não se intimida e vai até mesmo ficar no rebote quando algum lance livre é cobrado, sem reclamar quando leva um tranco das adversárias mais altas e corpulentas.

"Tamanho não é documento", afirma ela, sorrindo.

No primeiro jogo do Brasil, vitória por 81 a 69 contra a Jamaica, ela enfrentou a pivô jamaicana Simone Edwards, 20 centímetros mais alta que ela.

Nesse jogo, o Brasil apresentou claramente falhas na defesa, principalmente nos rebotes, o que incomodou o técnico Antonio Carlos Barbosa.

Êga, de 1m87, pegou apenas um rebote defensivo, e Kelly, de 1m92, conseguiu cinco. Esse foi o mesmo número de Adrianinha, que prefere explicar a situação da seguinte maneira:

"Tenho que agradecer às colegas, porque elas bloqueiam e eu posso pegar os rebotes que sobram".

Na vitória sobre o México por 88 a 44, no sábado, a defesa brasileira melhorou. Mas ainda assim ela foi a segunda maior reboteira, com oito.

"Acho que pela falta de altura eu tento compensar na energia e agilidade", avalia ela, que chegou a pegar um rebote na frente de Êga e Kelly.

A armadora do Phoenix Mercury, equipe da WNBA, é um dos pilares de Barbosa. Sem Helen, que decidiu se aposentar da seleção, o treinador conta apenas com ela na armação e será obrigado a improvisar outras duas jogadoras na posição, Karen e Palmira, quando for necessário.

Mas até agora Adrianinha, que disputa seu terceiro pan-americano depois de conquistar o bronze em 2003, correspondeu às expectativas. Com muita velocidade, ela distribui a bola, convoca as jogadas e chama a marcação ao entrar no garrafão.

"A Helen cadenciava mais o jogo, e a Adrianinha é mais velocidade, mais agressiva", compara Barbosa, deixando bem claro o que espera dela: "Ela é de confiança."

Resta saber agora como ela irá enfrentar os 1m93 de Amanda Brown e os e os 1m90 de Jordan Adams na última partida da primeira fase, no domingo, contra o Canadá. Com a classificação já garantida, o Brasil aguarda a última rodada para saber sua posição no grupo.





Fonte: Estadão

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/215605/visualizar/