Rebeldes do ELN convidam Legislativo colombiano para agenda de paz

Os guerrilheiros do ELN (Exército de Libertação Nacional) convidaram o Legislativo da Colômbia a ajudar a definir a agenda que deverá guiar um eventual um processo de paz com o Executivo.

A presidente do Senado, Nancy Patricia Gutiérrez, afirmou que o interesse dos insurgentes é de que o Congresso contribua para o consenso que as partes buscam na reunião que mantêm atualmente em Havana.

O governo do presidente Álvaro Uribe e o ELN realizam na capital cubana a sexta rodada de um diálogo preliminar que teve início em dezembro de 2005. Na atual rodada de conversas, aberta em 17 de abril, ambas as partes tentam alcançar um acordo-base, que deverá ter como eixo a declaração de um cessar-fogo bilateral.

"Ainda não é possível falar como seria o mecanismo que permitiria a participação do Congresso no diálogo", declarou a legisladora, que deve se reunir em breve com o alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, interlocutor único do Executivo em processos com os grupos armados ilegais.

A senadora explicou que é necessário conhecer de maneira detalhada o andamento do diálogo para então saber como o Congresso poderia se incorporar para apoiar a definição de uma agenda.

O ELN, com cerca de 4.500 rebeldes, é a segunda guerrilha do país, após as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).