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Roberto Lavagna lança candidatura na Argentina
De Buenos Aires - O ex-ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, lançou neste sábado sua candidatura à Presidência do país, com ataques contra o casal Kirchner - o presidente Nestor Kirchner e sua mulher e candidata à sua sucessão, Cristina Fernández.
"Eles só estão preocupados em manter o poder", criticou Lavagna. "E estão desperdiçando a oportunidade de gerar um crescimento econômico que chegue a todos os argentinos."
No discurso, ele prometeu ainda uma "cruzada contra a pobreza", caso vença as eleições presidenciais, com primeiro turno marcado para 28 de outubro.
Lavagna lançou sua chapa presidencial, com seu candidato à vice, o senador Gerardo Morales, na localidade de Tílcara, na província de Jujuy, no norte do país.
Morales é presidente do partido UCR (União Cívica Radical), o mais antigo da Argentina e historicamente opositor ao peronismo (movimento fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón, do qual o ex-ministro se diz seguidor).
Juntos, eles colocaram uma oferenda - com cigarros acesos e folhas de coca - à Pachamama (terra mãe, para os indígenas). Segundo a imprensa argentina, com o ritual, eles pediram favores e juraram promessas.
Como o ex-ministro, a presidenciável Cristina Fernández de Kirchner, que lançou campanha na quinta-feira, é peronista e seu provável candidato a vice também é da UCR - o governador de Mendoza, Julio Cobos. Para analistas políticos, os dois casos confirmam a "era de fragmentação partidária" no país.
Cristina é candidata da chamada Frente para a Vitória e Lavagna representa o UNA (Uma Nação Avançada, na tradução para o português).
A pouco mais de três meses das eleições, Cristina lidera as pesquisas de opinião e venceria no primeiro turno. Pelos levantamentos, ela conta com cerca de 45% das intenções de votos e, como determina a Constituição para definir o vencedor nas urnas, muito mais que 10% de vantagem para o segundo colocado.
Lavagna não chegaria a contar com 15% das intenções de voto, segundo as pesquisas.
Roberto Lavagna foi um duro crítico da chamada conversibilidade, o sistema econômico que atrelou o peso ao dólar, na década de 1990.
Foi ministro da Economia do governo de Eduardo Duhalde, no auge da pior crise econômica vivida pelo país, entre 2002 e 2003, e permaneceu no cargo na gestão de Nestor Kirchner até 2005, quando saiu por discordar da política do governo.
Lavagna foi o arquiteto da confirmação do não pagamento da dívida pública privada argentina aos que investiram nestes títulos.
Aquele calote foi decretado pelo ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá, em 2001, e ficou conhecido como o maior da história do capitalismo.
Atualmente, segundo analistas, o ex-ministro tem a simpatia de setores empresariais argentinos, do peronismo e do radicalismo (UCR).
Mas não conquistou, até aqui, o apoio popular, como mostram as pesquisas de intenção de votos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados.
"Eles só estão preocupados em manter o poder", criticou Lavagna. "E estão desperdiçando a oportunidade de gerar um crescimento econômico que chegue a todos os argentinos."
No discurso, ele prometeu ainda uma "cruzada contra a pobreza", caso vença as eleições presidenciais, com primeiro turno marcado para 28 de outubro.
Lavagna lançou sua chapa presidencial, com seu candidato à vice, o senador Gerardo Morales, na localidade de Tílcara, na província de Jujuy, no norte do país.
Morales é presidente do partido UCR (União Cívica Radical), o mais antigo da Argentina e historicamente opositor ao peronismo (movimento fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón, do qual o ex-ministro se diz seguidor).
Juntos, eles colocaram uma oferenda - com cigarros acesos e folhas de coca - à Pachamama (terra mãe, para os indígenas). Segundo a imprensa argentina, com o ritual, eles pediram favores e juraram promessas.
Como o ex-ministro, a presidenciável Cristina Fernández de Kirchner, que lançou campanha na quinta-feira, é peronista e seu provável candidato a vice também é da UCR - o governador de Mendoza, Julio Cobos. Para analistas políticos, os dois casos confirmam a "era de fragmentação partidária" no país.
Cristina é candidata da chamada Frente para a Vitória e Lavagna representa o UNA (Uma Nação Avançada, na tradução para o português).
A pouco mais de três meses das eleições, Cristina lidera as pesquisas de opinião e venceria no primeiro turno. Pelos levantamentos, ela conta com cerca de 45% das intenções de votos e, como determina a Constituição para definir o vencedor nas urnas, muito mais que 10% de vantagem para o segundo colocado.
Lavagna não chegaria a contar com 15% das intenções de voto, segundo as pesquisas.
Roberto Lavagna foi um duro crítico da chamada conversibilidade, o sistema econômico que atrelou o peso ao dólar, na década de 1990.
Foi ministro da Economia do governo de Eduardo Duhalde, no auge da pior crise econômica vivida pelo país, entre 2002 e 2003, e permaneceu no cargo na gestão de Nestor Kirchner até 2005, quando saiu por discordar da política do governo.
Lavagna foi o arquiteto da confirmação do não pagamento da dívida pública privada argentina aos que investiram nestes títulos.
Aquele calote foi decretado pelo ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá, em 2001, e ficou conhecido como o maior da história do capitalismo.
Atualmente, segundo analistas, o ex-ministro tem a simpatia de setores empresariais argentinos, do peronismo e do radicalismo (UCR).
Mas não conquistou, até aqui, o apoio popular, como mostram as pesquisas de intenção de votos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/215639/visualizar/
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