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Internacional
Sábado - 21 de Julho de 2007 às 16:20

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O presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, pediu hoje a união do povo sudanês, no início de sua visita à região de Darfur, castigada por uma guerra que já dura quase quatro anos.

O líder sudanês fez o apelo em discurso realizado diante de centenas de pessoas, em Niyala, a segunda maior cidade de Darfur, à qual chegou hoje para uma visita de três dias às três províncias da região.

Bashir acusou outros países - que não identificou - de se empenharem em obstaculizar o processo de paz em Darfur, por meio da divisão dos habitantes da região, entre os que são de origens árabe e africana.

"Dividir Darfur sobre essas bases supõe violência étnica, e uma conspiração que não deve ser aceita. Também não se deve permitir que estrangeiros e agentes (estrangeiros) dividam a população", disse o chefe de Estado sudanês.

Além disso, fez um apelo aos grupos insurgentes que ainda rejeitam a adesão ao acordo de paz assinado entre representantes do Governo sudanês e uma facção rebelde, em Abuja (Nigéria), em maio do ano passado, para que voltem ao país.

O presidente também pediu o retorno dos deslocados a suas aldeias "o mais rápido possível, para impedir os que desejam deter o desenvolvimento em Darfur, e saquear suas riquezas mediante a mentira e a desinformação".

Bashir se referia aos países ocidentais que pedem uma intervenção militar internacional, na região "para proteger a população civil da violência".

"Dizemos para aqueles que querem nos conquistar que os habitantes de Darfur serão os primeiros a combatê-los, tal como fizeram no século passado", afirmou o presidente.

Fontes oficiais sudanesas anteciparam que Bashir presidirá, amanhã, uma sessão do Conselho de Ministros, em Al Facher, a principal cidade de Darfur, para "confirmar o retorno da estabilidade na região".

O conflito de Darfur começou em fevereiro de 2003, quando o Movimento de Libertação do Sudão (MLS) e o Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) passaram a pegar em armas para protestar contra a pobreza e a marginalização da região.

Desde então, a guerra deixou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados, constituindo, segundo a ONU, a pior tragédia humana do atual século.





Fonte: EFE

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