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Nacional
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 19:53

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O Corpo de Bombeiros encontrou mais um fragmento de corpo nos escombros do prédio atingido pelo Airbus A320 da TAM na noite da terça-feira (17). O número total de sacolas com partes e corpos inteiros chegou a 214 por volta das 17h desta sexta-feira (20). Entre as sacolas, sete foram retiradas nesta sexta-feira e em uma delas havia um corpo, e não um fragmento.

Desde a quinta-feira (19), os Bombeiros passaram a não mais contar corpos e sim sacolas por ser grande o número de fragmentos de vítimas localizados. Segundo o capitão Mauro Lopes, do total de sacolas, 85% são corpos.

Nesta tarde, os bombeiros estão vasculhando o segundo andar do prédio atingido. Segundo o capitão já foram encontrados muitos pedaços de fusilagem do avião. Os materiais foram levados para a perícia técnica. Lopes estima que ainda falta vistoriar cerca de 20% da área atingida no acidente.

Número de mortos

Na quinta-feira, os bombeiros informaram que eram 184 o total de corpos encontrados pelos bombeiros no local onde ocorreu o acidente do vôo JJ 3054 da TAM, o maior da história da aviação brasileira. Com as quatro vítimas que morreram em hospitais, cresce para 188 o número de mortos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

O IML anunciou na quinta-feira (19) a mudança na forma de comunicar os registros de vítimas do acidente. Desde terça-feira (17), o IML estava contando todos os registros como corpos, mas a partir de agora, os técnicos decidiram fazer registros dos fragmentos. Por causa disso, podem haver diferenças entre os números.

Identificação

Ao dar entrada no IML, o corpo das vítimas passa por uma identificação visual. Esse trabalho é dificultado porque poucos deles têm chegado íntegros ao instituto. O primeiro corpo a ser identificado era o de um dono de transportadora que não tinha sido vitimado por chamas. Ele sofreu traumatismo craniano ao ser atingido por uma parede que desabou.

Um dos passageiros do vôo, o deputado federal Júlio Redecker (PSDB-RS), não foi reconhecido pelo amigo dele, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que é médico.

“Muitos fragmentos são trazidos separadamente. Muitos estão carbonizados e muitos, calcinados (transformados em cinzas ou carvão)”, afirmou Coelho, diretor de divisão do IML Central.

Depois do reconhecimento visual, faz-se o exame de digitais, que é mais simples e de resultado rápido, segundo Coelho. “O exame mais simples e mais rápido é o das digitais. Depois disso, eles passam por processos de identificação antropológica e antropométrica”.

As análises antropológicas incluem exames de arcada e próteses dentárias, para identificar por exemplo, intervenções ortodônticas, implantação de dentes postiços ou intervenções cirúrgicas. Para os exames antropométricos, os corpos são separados por sexo e idade provável. Esses trabalhos incluem análise da estrutura óssea com base em exames de raio-x.

Segundo Coelho, “em muitos dos casos” relacionados ao acidente, serão necessários exames de DNA. Ainda não há previsão para que eles comecem a ser feitos.

Washington Luiz

Ainda de acordo com o capitão a pista sentido bairro da Washington Luiz só será liberada para o trânsito de veículos após a demolição do prédio atingido no acidente. Não há previsão para que o prédio seja derrubado.




Fonte: G1

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