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A dinastia Rothshild: um símbolo da união bancária na Europa
A poderosa dinastia Rothschild, que esta semana unificou na empresa familiar francesa Paris-Orléans suas divisões francesa e inglesa do Banco Rothschild, separadas desde o século XIX, é a família mais famosa da Europa e sua história está ligada ao Velho Continente há mais de 200 anos.
Amantes da arte, do bom vinho, de cavalos puro sangue, filantropos e defensores da causa judaica, os Rothschild são sobretudo a principal família bancária da Europa há 250 anos.
"Sou a quinta geração da família Rothschild e passamos por duas guerras mundiais, revoluções e recessões. O fato de ainda estarmos aqui é um grande sucesso", disse na quarta-feira, em Londres, Sir Evelyn de Rothschild, de 75 anos, diretor da seção inglesa da família há 22 anos.
Sir Evelyn vendeu suas ações para o ramo francês da família (representada pela Companhia Paris-Orléans) buscando simplificar a estrutura acionária. O acordo envia a mensagem ao mercado de que os Rothschild pensam em seguir controlando a dinastia de dois séculos.
Tudo começou em 1770, no gueto judeu de Frankfurt, Alemanha, quando Mayer Amschel herdou o negócio do seu pai, comerciante de moedas e ourives, e adotou o sobrenome de Rothschild (escudo vermelho em Alemão), já que a fachada de sua casa era decorada com essa cor.
Mayer Amschel criou uma casa bancária especializada no negócio que criaria a fortuna familiar: os créditos liberados para reis, imperadores, poderosos empresários industriais e Estados.
Amschel também iniciou investimentos na mineração, indústria ferroviária e metalurgia, um caminho que logo levou a família a criar a empresa De Beers, em 1887, e extrair pedras preciosas na África e na Índia. Esse interesse se mantém até hoje, já que os Rothschild controlam o mercado mundial de ouro.
Amschel teve cinco filhos e cinco filhas. Enviou todos os homens para desenvolver suas atividades bancárias pela Europa e estimulou o casamento entre parentes. Os que tiveram mais êxito foram Nathan, o terceiro filho, que se instalou primeiro em Manchester (Inglaterra) e logo em Londres, onde ajudou a financiar a vitória britânica em Waterloo, em 1815. O caçula James também foi bastante bem sucedido. Instalado em Paris, o filho dele, Alphonse, ajudou a arrecadar os 5 bilhões de francos requeridos pela Prússia, na guerra Franco-Prussiana, em 1871.
De Frankfurt, Londres, Paris, Viena e Nápoles, os Rothschild financiaram as indústrias que nasciam e permitiram ao governo britânico, em 1875, comprar uma grande participação na construção do Canal de Suez.
Entre 1850 e 1880 construíram grandes castelos, que decoraram com obras de arte, adquiriram as adegas de Bordeaux, que se converteriam nos célebres Château Lafite e Châteu Mouton Rothschild, além de começarem a se interessar por filantropia.
A família também simpatizou pela causa judaica, e protegeu através de Edmon Rothschild os primeiros judeus que imigraram para a Palestina - ainda sob domínio turco -, que iam se estabelecer como colonos para criar Israel.
O patriarca do ramo francês da família foi, até pouco tempo, o Barão Guy Rothschild, que faleceu em Paris, em junho, aos 98 anos, que coordenou o império financeiro, confiscado inicialmente pelos nazistas e nacionalizado 40 anos depois pelo governo socialista de François Mitterrand.
"Um judeu sob Pétain, um pária sob Mitterrand: para mim é o suficiente", escreveu, em 1981, no jornal Le Monde, ao abandonar a França pela segunda vez e instalar-se em Nova York.
Seu filho David reconstruiu logo o império bancário na França e é o autor da atual reunificação familiar.
A operação realizada durante a semana "prioriza o controle da família com a criação da empresa e reforça o papel de Paris-Orléans (...) Hoje não há mais razões para chamarmos de ramo inglês ou ramo francês do grupo", afirmou David na quarta-feira.
Amantes da arte, do bom vinho, de cavalos puro sangue, filantropos e defensores da causa judaica, os Rothschild são sobretudo a principal família bancária da Europa há 250 anos.
"Sou a quinta geração da família Rothschild e passamos por duas guerras mundiais, revoluções e recessões. O fato de ainda estarmos aqui é um grande sucesso", disse na quarta-feira, em Londres, Sir Evelyn de Rothschild, de 75 anos, diretor da seção inglesa da família há 22 anos.
Sir Evelyn vendeu suas ações para o ramo francês da família (representada pela Companhia Paris-Orléans) buscando simplificar a estrutura acionária. O acordo envia a mensagem ao mercado de que os Rothschild pensam em seguir controlando a dinastia de dois séculos.
Tudo começou em 1770, no gueto judeu de Frankfurt, Alemanha, quando Mayer Amschel herdou o negócio do seu pai, comerciante de moedas e ourives, e adotou o sobrenome de Rothschild (escudo vermelho em Alemão), já que a fachada de sua casa era decorada com essa cor.
Mayer Amschel criou uma casa bancária especializada no negócio que criaria a fortuna familiar: os créditos liberados para reis, imperadores, poderosos empresários industriais e Estados.
Amschel também iniciou investimentos na mineração, indústria ferroviária e metalurgia, um caminho que logo levou a família a criar a empresa De Beers, em 1887, e extrair pedras preciosas na África e na Índia. Esse interesse se mantém até hoje, já que os Rothschild controlam o mercado mundial de ouro.
Amschel teve cinco filhos e cinco filhas. Enviou todos os homens para desenvolver suas atividades bancárias pela Europa e estimulou o casamento entre parentes. Os que tiveram mais êxito foram Nathan, o terceiro filho, que se instalou primeiro em Manchester (Inglaterra) e logo em Londres, onde ajudou a financiar a vitória britânica em Waterloo, em 1815. O caçula James também foi bastante bem sucedido. Instalado em Paris, o filho dele, Alphonse, ajudou a arrecadar os 5 bilhões de francos requeridos pela Prússia, na guerra Franco-Prussiana, em 1871.
De Frankfurt, Londres, Paris, Viena e Nápoles, os Rothschild financiaram as indústrias que nasciam e permitiram ao governo britânico, em 1875, comprar uma grande participação na construção do Canal de Suez.
Entre 1850 e 1880 construíram grandes castelos, que decoraram com obras de arte, adquiriram as adegas de Bordeaux, que se converteriam nos célebres Château Lafite e Châteu Mouton Rothschild, além de começarem a se interessar por filantropia.
A família também simpatizou pela causa judaica, e protegeu através de Edmon Rothschild os primeiros judeus que imigraram para a Palestina - ainda sob domínio turco -, que iam se estabelecer como colonos para criar Israel.
O patriarca do ramo francês da família foi, até pouco tempo, o Barão Guy Rothschild, que faleceu em Paris, em junho, aos 98 anos, que coordenou o império financeiro, confiscado inicialmente pelos nazistas e nacionalizado 40 anos depois pelo governo socialista de François Mitterrand.
"Um judeu sob Pétain, um pária sob Mitterrand: para mim é o suficiente", escreveu, em 1981, no jornal Le Monde, ao abandonar a França pela segunda vez e instalar-se em Nova York.
Seu filho David reconstruiu logo o império bancário na França e é o autor da atual reunificação familiar.
A operação realizada durante a semana "prioriza o controle da família com a criação da empresa e reforça o papel de Paris-Orléans (...) Hoje não há mais razões para chamarmos de ramo inglês ou ramo francês do grupo", afirmou David na quarta-feira.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/215745/visualizar/
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