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Sexta - 20 de Julho de 2007 às 15:54

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Michelle Pfeiffer nunca perdeu a paixão pelo cinema, mas segundo contou à agência Efe, sentiu falta do desafio de um musical como "Hairspray" e de um John Travolta vestido de mulher para retornar às telas nesta sexta-feira, após cinco anos. "Nunca foi algo planejado. Não foi minha intenção me ausentar tanto, mas estive ocupada, me distraí com outras coisas e não me dei conta do tempo que passou", diz a atriz.

Michelle Pfeiffer, de 49 anos, comenta sua ausência das telas de forma divertida e sem arrependimento. Ela interpretou alguns dos papéis que melhor uniram os conceitos de beleza e qualidade, como "Scarface", "Ligações Perigosas" e "A Época da Inocência".

Mas depois de "Deixe-me Viver", em 2002, a mãe de Claudia e John e esposa há 13 anos do roteirista e produtor de TV David E. Kelly desapareceu das telas sem dizer adeus.

Sorridente, mas um pouco cansada de comentar sempre o mesmo assunto, Pfeiffer insiste que nunca foi embora.

"Apesar de não ter sido consciente, meu subconsciente devia saber que precisava de um descanso porque não fiz outra coisa senão dizer não a tudo o que me propuseram", explica.

Há muita coisa por trás do sim a "Hairspray".

Em primeiro lugar, a atriz se encantou com o roteiro: a adaptação para a tela do sucesso da Broadway, que por sua vez transformou em musical o filme da contracultura com o mesmo título que John Waters rodou em 1988.

"E não sabia o que ia fazer com Velma", acrescenta sobre seu personagem, uma ex-rainha da beleza, racista e manipuladora, vilã de um filme que em tom de comédia aborda as diferenças de classe e de raça no Baltimore dos anos 60.

Pfeiffer considera o filme um desafio, pois é a primeira vez em sua carreira que participa de um musical.

"Cantar e dançar, mas desta vez, num musical", explica referindo-se a sua atuação em "Susie e os Baker Boys" ou em "Grease 2".

Além disso, houve o "fator John Travolta".

O ator foi o primeiro a garantir participação no filme com o papel de uma mãe frustrada e acima do peso que não sai de casa. O personagem já foi interpretado pelo transexual Divine no filme de Waters e pelo homossexual Harvey Fierstein na Broadway.

Como explica Pfeiffer, Travolta soube encontrar "a inocência" do papel numa história maluca, mas "universal e muito relevante hoje em dia".

Em meio ao humor e à música, "Hairspray" critica as convenções raciais, culturais e de beleza que existem em qualquer sociedade, temas que Pfeiffer conhece bem.

Mãe adotiva de uma filha mestiça, a atriz comenta que a "diversidade" é um tema comum em suas conversas familiares.

O mesmo acontece com a beleza, um assunto sobre o qual a mulher considerada um dos rostos mais perfeitos de Hollywood se sente dividida.

"Porque sei que sou a pessoa adequada para acabar com o mito, mas sei que sou parte do problema porque muitos me acham perfeita, algo longe da realidade se esquecerem os cabeleireiros, os maquiadores e os retoques que fazem nas revistas", acrescenta com honestidade.

"Hairspray" é apenas o primeiro dos três filmes que Pfeiffer estreará nos próximos meses e o terceiro que rodou.

A aventura "Stardust" e a comédia romântica "I Could Never Be Your Woman" estrearão em breve e tornarão seu sumiço em onipresença nos cinemas.

Um retorno com o qual Pfeiffer não quer enganar, pois está mais apaixonada por sua vida junto à família que pelas câmeras de cinema.

"Além disso, não nos enganemos. Há 10 ou 15 anos parecia que o papel da mulher no cinema ia melhorar, mas agora parece que vai regredir. Não sei te dizer o porquê, mas é assim", resume preparando sua nova pausa no trabalho.





Fonte: EFE

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