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Economia
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 13:25

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A Autoridade Nacional Palestina (ANP) manifestou sua insatisfação com o que chamou de pequeno número de prisioneiros libertados e com o fato da liderança palestina não ter sido consultada por Israel para determinar quem seria libertado.

Ziad Abu Ain, um dos principais líderes do Fatah na Cisjordânia e diretor geral do Ministério para Assuntos dos Prisioneiros, criticou a atitude de Israel em relação à libertação.

Embora faça parte do grupo supostamente beneficiado pela medida, Abu Ain afirmou que "apesar da alegria por cada prisioneiro solto, a expectativa na Autoridade Nacional Palestina era de uma lista de mais qualidade, do ponto de vista das penas às quais os prisioneiros foram condenados e também do tipo de pessoa libertada".

A maioria dos prisioneiros libertados já havia cumprido pelo menos 70% de suas penas. Prisioneiros condenados a penas longas não foram libertados e os prisioneiros veteranos e idosos, que já se encontram há mais de 20 anos nas prisões israelenses, também não constavam da lista.

Os 255 prisioneiros libertados nesta sexta-feira representam apenas 2,55% dos 10 mil palestinos que continuarão detidos nas prisões israelenses.

Polêmica

A libertação de prisioneiros palestinos, militantes do Fatah, despertou polêmica em Israel. Os políticos de centro e de esquerda consideram que o gesto deverá fortalecer o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, em seu confronto com o Hamas. Já para os políticos da direita, a libertação vai beneficiar os militantes radicais.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, do partido de centro Kadima, declarou que o objetivo da libertação dos prisioneiros é fortalecer os setores moderados da sociedade palestina, no confronto com os radicais islâmicos.

Porém, dentro do governo de Olmert, há vários ministros que discordam desta medida.

Entre eles está Avigdor Liberman, líder do partido de extrema-direita Israel Beiteinu, que, se referindo a Mahmoud Abbas, afirmou: "um zero vai permanecer zero".

Medida insignificante

Para Binyamin Netanyahu, líder da oposição, do partido de direita Likud, a libertação dos prisioneiros "só vai fortalecer os terroristas".

"Os palestinos estão recebendo muito sem dar nada em troca", afirmou Netanyahu, "e sem reciprocidade, só os terroristas serão beneficiados".

Mas para vários analistas, a libertação dos prisioneiros realizada nesta sexta-feira é quase insignificante.

"A libertação desses prisioneiros não vai fortalecer a posição de Mahmoud Abbas, pois o número dos libertados é muito baixo", disse o especialista em assuntos palestinos, Moshe Elad, à rádio pública de Israel.

"O fato de que apenas militantes do Fatah estão sendo libertados também não vai contribuir para a popularidade de Abbas na sociedade palestina como um todo, pelo contrário, vai despertar a indignação dos simpatizantes do Hamas", acrescentou Elad.

"Se é que Abbas pode tirar algum proveito desta medida, isso deverá ocorrer apenas dentro das instituições do próprio Fatah", afirmou o analista.





Fonte: BBC Brasil

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