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Internacional
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 10:19

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LONDRES - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair admitiu nesta sexta-feira que o caso da suposta 'venda' de títulos honoríficos em troca de doações ao Partido Trabalhista foi "traumático' para muitos, mas insistiu em que terminou como ele esperava.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, após saber da decisão da Procuradoria britânica de não processar ninguém pelo caso, o ex-primeiro-ministro disse que a Polícia realizou uma investigação "completa e rigorosa'.

- Esta investigação terminou como sempre esperei que fosse. Os envolvidos passaram por momentos horríveis, inclusive traumáticos - disse Blair, que chegou a ser interrogado pela Polícia até três vezes.

- Muito do que foi publicado e dito sobre eles foi profundamente injusto, e estou satisfeito por todos eles que agora isso tenha terminado - segundo a nota.

Blair, no poder entre 2 de maio de 1997 e 27 junho de 2007, acrescentou que não queria criticar a Polícia.

Segundo Blair, a reclamação do Partido Nacionalista Escocês (SNP), formação que fez a denúncia que levou à investigação, colocou a Polícia em uma posição injusta.

- A Polícia fez bem em realizar uma investigação completa e rigorosa, e o Governo e o Partido Trabalhista cooperaram plenamente - disse o ex-primeiro-ministro.

A Procuradoria britânica anunciou nesta sexta-feira que nenhuma pessoa será acusada pela suposta 'venda' de títulos honoríficos.

Blair foi o primeiro chefe de Governo em exercício na história britânica a ser interrogado até três vezes por um caso deste tipo.

Em declaração, a diretora da Divisão Criminal Especial da Procuradoria, Carmen Dowd, disse que, após analisar toda a informação entregue pela Polícia, chegou à conclusão de que 'não há provas suficientes para acusar ninguém'.

A investigação da Scotland Yard, cujo custo está estimado em cerca de £ 800.000 (€ 1,184 milhão), durou dezesseis meses, durante os quais mais de 130 pessoas foram interrogadas.

Entre os interrogados e detidos, destaca-se o empresário e antigo arrecadador principal do Trabalhismo lorde Michael Levy, a ex-diretora de relações do Governo com o Partido Trabalhista Ruth Turner; Christopher Evans, milionário do setor da biotecnologia que doou dinheiro à formação, e o ex-assessor do Executivo Des Smith.





Fonte: EFE

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