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Avião da TAM tinha problema no reversor desde sábado
O avião da TAM que se chocou contra o prédio da empresa em Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, na terça-feira (17), tinha um defeito no reversor da turbina direita desde o sábado passado, dia 14.
(Uma primeira versão desta notícia informou que o defeito havia sido detectado na sexta-feira, 13, informação que havia sido confirmada pela TAM. A empresa, no entanto, corrigiu a data e disse que o problema foi encontrado no sábado, dia 14)
O problema havia sido detectado pelo sistema eletrônico de checagem do próprio avião. Mas a aeronave da TAM, um Airbus A320, continuou a voar nos dias seguintes, com o reversor direito desligado. A TAM afirmou que, apesar do problema, que a aeronave estava aptar a voar.
O jornalista William Bonner conversou, por telefone, com o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, e com o vice-presidente técnico da empresa, Ruy Amparo. Eles confirmaram as informações. E afirmaram que o fabricante do avião, a Airbus, em seus manuais de manutenção, para casos como este, recomenda que uma revisão no dispositivo seja feita até dez dias depois da apresentação do defeito.
Os executivos da TAM também afirmaram que a Airbus considera que esse problema no reversor não é impeditivo de vôo. E que o avião A320 pode operar normalmente até que o problema seja verificado dentro do prazo de dez dias.
Problema no dia anterior
O "Jornal Nacional" apurou que o avião da TAM prefixo MBK, destruído na tragédia de terça-feira, teve problemas para aterrissar no dia anterior no mesmo Aeroporto de Congonhas. Como informado na quarta-feira (18), o vôo 3215 da TAM, entre Confins (MG) e São Paulo, na segunda-feira (16), às 13h48, teve dificuldades para frear. E só parou no limite da pista de Congonhas.
Segundo apuração do "Jornal Nacional", o comandante daquela aeronave teria dito à torre que a pista estava "muito escorregadia", sem fazer menção ao problema técnico. De acordo com fontes, o comentário foi registrado pelos órgãos oficiais.
Sem 'pane grave'
O vice-presidente da TAM disse desconhecer o incidente de segunda-feira. Ele afirmou a Bonner que o livro de bordo da aeronave, que registra todos os problemas apresentados durante um vôo, não registrava nenhuma pane séria no dia 16. Quando perguntado se não houve nenhum registro de problemas na segunda-feira, ele respondeu: "O que eu disse é que não há nenhum registro de pane séria no dia 16".
A confirmação de que o avião prefixo MBK, destruído na terça-feira, foi o mesmo que quase se acidentou na véspera reforça a hipótese de que a tragédia tenha sido conseqüência de falha mecânica. As autoridades agora terão de investigar se os procedimentos de manutenção do Airbus da TAM estavam corretos e se o avião poderia continuar a voar mesmo com o defeito apresentado.
Desastre
O avião da TAM com 186 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atravessou a Avenida Washington Luís e bateu no prédio da companhia de cargas da companhia aérea, a TAM Express, onde entre 50 e 60 pessoas trabalhavam no horário do acidente.
A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre, às 17h16 desta terça-feira (17), e acidentou-se em São Paulo, às 18h50. Até agora, foram confirmadas 188 mortes na tragédia - mas o resgate de corpos continua.
(Uma primeira versão desta notícia informou que o defeito havia sido detectado na sexta-feira, 13, informação que havia sido confirmada pela TAM. A empresa, no entanto, corrigiu a data e disse que o problema foi encontrado no sábado, dia 14)
O problema havia sido detectado pelo sistema eletrônico de checagem do próprio avião. Mas a aeronave da TAM, um Airbus A320, continuou a voar nos dias seguintes, com o reversor direito desligado. A TAM afirmou que, apesar do problema, que a aeronave estava aptar a voar.
O jornalista William Bonner conversou, por telefone, com o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, e com o vice-presidente técnico da empresa, Ruy Amparo. Eles confirmaram as informações. E afirmaram que o fabricante do avião, a Airbus, em seus manuais de manutenção, para casos como este, recomenda que uma revisão no dispositivo seja feita até dez dias depois da apresentação do defeito.
Os executivos da TAM também afirmaram que a Airbus considera que esse problema no reversor não é impeditivo de vôo. E que o avião A320 pode operar normalmente até que o problema seja verificado dentro do prazo de dez dias.
Problema no dia anterior
O "Jornal Nacional" apurou que o avião da TAM prefixo MBK, destruído na tragédia de terça-feira, teve problemas para aterrissar no dia anterior no mesmo Aeroporto de Congonhas. Como informado na quarta-feira (18), o vôo 3215 da TAM, entre Confins (MG) e São Paulo, na segunda-feira (16), às 13h48, teve dificuldades para frear. E só parou no limite da pista de Congonhas.
Segundo apuração do "Jornal Nacional", o comandante daquela aeronave teria dito à torre que a pista estava "muito escorregadia", sem fazer menção ao problema técnico. De acordo com fontes, o comentário foi registrado pelos órgãos oficiais.
Sem 'pane grave'
O vice-presidente da TAM disse desconhecer o incidente de segunda-feira. Ele afirmou a Bonner que o livro de bordo da aeronave, que registra todos os problemas apresentados durante um vôo, não registrava nenhuma pane séria no dia 16. Quando perguntado se não houve nenhum registro de problemas na segunda-feira, ele respondeu: "O que eu disse é que não há nenhum registro de pane séria no dia 16".
A confirmação de que o avião prefixo MBK, destruído na terça-feira, foi o mesmo que quase se acidentou na véspera reforça a hipótese de que a tragédia tenha sido conseqüência de falha mecânica. As autoridades agora terão de investigar se os procedimentos de manutenção do Airbus da TAM estavam corretos e se o avião poderia continuar a voar mesmo com o defeito apresentado.
Desastre
O avião da TAM com 186 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atravessou a Avenida Washington Luís e bateu no prédio da companhia de cargas da companhia aérea, a TAM Express, onde entre 50 e 60 pessoas trabalhavam no horário do acidente.
A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre, às 17h16 desta terça-feira (17), e acidentou-se em São Paulo, às 18h50. Até agora, foram confirmadas 188 mortes na tragédia - mas o resgate de corpos continua.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/215919/visualizar/
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