Vôlei decepciona, e Thiago Pereira dá único ouro ao Brasil

Atual vice-campeã mundial e apontada como maior favorita à medalha de ouro, a seleção brasileira decepcionou a torcida presente do ginásio do Maracanãzinho ao perder a decisão

do torneio feminino de vôlei do Pan para Cuba por 3 sets a 2 (25/27, 25/22, 22/25, 34/32 e 17/15), nesta quinta-feira, e ficar "apenas" com a prata.

O jogo foi muito equilibrado, mas a equipe treinada por José Roberto Guimarães falhou nos momentos decisivos e permitiu por diversas vezes a reação do time caribenho. O Brasil desperdiçou match points em dois sets --no tie-break, perdeu após abrir uma vantagem de 14 a 12.

Com a inesperada derrota no vôlei, o único ouro brasileiro do dia veio de quem não tem decepcionado. O nadador fluminense Thiago Pereira manteve o plano de conquistar oito medalhas nos Jogos do Rio ao vencer com folga os 200 m costas, com o tempo de 1m58s42, novo recorde pan-americano da distância.

Em seu terceiro pódio na competição --ganhou também os 400 m medley e o revezamento 4 x 200 m livre--, Pereira teve a companhia de outro brasileiro, Lucas Salatta, com 1m59s51, que ficou com o bronze. O norte-americano Scott Clary completou a lista de premiados.

A natação deu outras duas medalhas ao Brasil nesta quinta. A primeira, com a experiente Fabíola Molina. A atleta de 32 anos terminou em segundo lugar na final dos 100 m costas feminino.

Com o tempo de 1min02s18, novo recorde sul-americano, Molina foi superada apenas por Julia Smit, dos Estados Unidos, que fez o tempo de 1min02s01. A canadense Liz Wycliffe faturou o bronze.

A outra conquista foi obtida no revezamento 4 x 100 m livre feminino. A equipe formada por Rebeca Gusmão, ouro nos 50 m livre, Tatiana Lemos, Flávia Delaroli e Monique Ferreira protagonizou uma disputa equilibrada com o time norte-americano pela medalha de ouro, mas acabou ficando com a prata.

Já o judô iniciou bem o seu objetivo de conquistar medalhas em todas as 14 categorias do programa pan-americano. Na competição para atletas com mais de 78 kg, Priscila Marques estreou perdendo para a cubana Ivis Dueñas, mas percorreu o caminho da repescagem e terminou com o bronze.

Já o estreante João Gabriel Schlitter viveu um dos momentos mais polêmicos do dia. Na decisão da categoria acima de 100 kg, travou um combate equilibrado com o cubano Oscar Brayson.

Como nenhum dos dois judocas conseguiu pontuar no tempo normal e no golden score, a luta foi decidida pelos jurados. Por dois votos a um, a medalha de ouro ficou com Brayson. A decisão causou a indignação da delegação brasileira, descontente com o resultado, que valeu a prata a Schlitter.

No último dia do remo, o Brasil conquistou sua terceira medalha no Pan-07. Renan Castro, Alexandre Ribas, Leandro Tozzo, Gibran Cunha, José Roberto Nascimento Júnior, Marcelus Marcili, Anderson Nocetti e Allan Bittencourt, além de Nilton Alonço, o timoneiro Gauchinho, encerraram a disputa da categoria oito com na segunda colocação.

A embarcação nacional ficou com a prata, atrás apenas do barco norte-americano. A terceira posição ficou com a Argentina, que comemorou muito o feito.

O Brasil recebeu nesta quinta outras duas medalhas, ambas de bronze. O atirador Fernando Cardoso Júnior ficou em terceiro na categoria pistola tiro rápido de 25 m, enquanto Luciano Barbosa, Rafael Alarcon e Ronivaldo Santos levaram o país ao pódio do torneio por equipes do squash.

Além das conquistas já citadas, o Brasil assegurou mais uma medalha. A seleção feminina de handebol, atual bicampeã pan-americana, goleou a República Dominicana por 46 a 13 e chegou à decisão do torneio. Com isso, tem pelo menos a prata garantida.