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Quinta - 19 de Julho de 2007 às 18:40

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Mais uma vez Cuba foi a pedra no sapato do Brasil. Com a vitória por 3 sets a 2, a equipe de Antonio Perdomo jogou por terra o sonho da medalha de ouro para o vôlei feminino brasileiro. As parciais de 27/25, 22/25, 25/22, 32/34 e 15/17 deixaram a torcida que lotou o ginásio decepcionada, porém orgulhosa com a raça demonstrada pela seleção durante a grande guerra da final. Segundo Galvão Bueno, durante a transmissão da partida na TV Globo, o Brasil teve sete oportunidades de fechar o jogo (cinco no quarto set e dois no quinto), contudo desperdiçou todas.

Time começa nervoso

O Brasil, aparentando insegurança, deixou a equipe cubana abrir quatro pontos de vantagem e desesperou o técnico Zé Roberto Guimarães. Com muita garra, o time brasileiro começou a encostar no placar. E onde tem garra, tem Paula Pequeno. A ponteira da seleção iniciou seu show particular com ataques potentes, largadinhas e até um bloqueio, empatando a partida.

A galera da arquibancada se empolgava com a vontade das jogadoras em quadra e gritava a cada ponto da equipe. No momento final do set, apareceu quem tem a missão de decidir. Com dois pontos fenomenais, Sheilla deixou o Brasil em vantagem no placar: 21 a 20. Do lado de Cuba, Calderon marcava os principais pontos do time. Com um bloqueio de Fofão, o Brasil fechou a primeira batalha da guerra em 27 a 25.

Saque forte desestabiliza passe

No início da segunda parcial, Carrillo entrou descendo a mão no saque, quebrando três vezes a recepção do Brasil. Mas quem vira uma vez, vira duas. A “baixinha” Sassá mostrou que tamanho não é documento e colocou no chão do adversário quatro bolas importantes, uma delas após grande defesa de Paula, pondo o Brasil pela primeira vez à frente no placar.

Calderon irritava a torcida brasileira com seus ataques no “terceiro andar”, batendo por cima do bloqueio canarinho e fazendo muitos pontos para sua equipe. Ramirez voltou a adotar a velha tática cubana de encarar os adversários e provocar. E, para azar do Brasil, foi com um bloqueio seu que o segundo set acabou: 25 a 22 para o país de Fidel Castro.

Brasil não resiste à forte seleção de Cuba É com técnica que se vence Na terceira batalha da guerra final, Cuba voltou a forçar o saque, mais uma vez dificultando o passe brasileiro. Mas se as cubanas apostavam na força, as brasileiras mostraram que a qualidade é o melhor caminho. Com dois saques colocados de Fabiana e um de Sheilla, a seleção abriu uma pequena vantagem de dois pontos.

Atrás no placar, o time da América Central passou a errar muito e ofereceu pontos de graça para o Brasil. A facilidade inesperada não fez bem ao time verde-amarelo, que se desconcentrou e deixou as rivais virarem, em 18 a 17. Zé Roberto mexeu na equipe, ao pôr Regiane e Carol nos lugares de Fofão e Sheilla, para fazer a inversão do 5-1(tática para deixar o bloqueio da equipe mais alto).

A modificação deu certo. Regiane encostou na sua colega de time Fabiana, para bloquear a gigante Calderon. Antes de sair para a volta das titulares, a ponteira ainda fez um lindo ponto no corredor, que deixou o Brasil na boa para fechar o terceiro set em 25 a 22.

Cuba vence set sensacional

Na quarta parcial, o Brasil não entrou bem. O time não conseguia segurar os fortes ataques cubanos, e as jogadas da equipe não encaixavam. A ponteira Paula e a oposta Scheilla, muito marcadas, não conseguiam virar suas bolas. Com isso, Cuba conseguiu abrir cinco pontos de vantagem.

Mas as meninas não estavam nem aí para a desvantagem. Com uma seqüência de bons saques, a equipe empatou o set com um bom bloqueio de Fabiana em Calderon. Cuba teve dois set points a seu favor, mas, com ataques de Paula Pequeno, a seleção empatou em 24 a 24. A partir daí, as equipes passaram a trocar pontos, fechando o set em inacreditáveis 34 a 32 para Cuba.

Maracanãzinho desmancha em tristeza

No quinto set, o Brasil largou bem e abriu dois pontos de vantagem em ataques de Fabiana. Porém, as cubanas foram buscar o placar, deixando a decisão tensa. Com um bom ataque de Paula, a seleção conseguiu, mais uma vez, uma pequena vantagem no placar: 8 a 5.

Se o time verde-amarelo abria, o azul-vermelho-branco buscava. Pela segunda vez no set, as adversárias buscaram o resultado, virando para 10 a 9. As equipes passaram a trocar pontos até que Sheilla apareceu. Com dois pontos da oposta, o Brasil fez 14 a 12 mas, novamente, permitiu o empate e a virada, dando adeus ao ouro.




Fonte: Globoesporte.com

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