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Conselho de Segurança da ONU adia discussão crucial sobre o Kosovo
Os Estados Unidos e os países europeus que patrocinam a resolução sobre o futuro do Kosovo decidiram hoje adiar até amanhã a discussão de sua proposta no Conselho de Segurança.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Segurança, o embaixador chinês Wang Guangya, em uma breve declaração à imprensa.
Wang não deu nenhuma razão, mas a demora poderia estar relacionada com um último esforço dos patrocinadores para se chegar a um acordo com a Rússia, segundo alguns observadores.
EUA, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Reino Unido formalizaram na terça-feira sua última proposta de resolução sobre o Kosovo, segundo a qual se passa a administração da província que está a cargo da ONU para uma missão da União Européia, e se abre um período de 120 dias de negociações entre albaneses e sérvios.
O embaixador dos EUA nas Nações Unidas, Zalmay Khalilzad, assegurou que esta seria a última tentativa de encontrar um consenso dentro do Conselho de Segurança.
"O momento da verdade para saber que posição a Rússia vai adotar será amanhã, veremos se a Rússia permitirá ou não que o Conselho de Segurança avance neste tema", acrescentou.
Por sua vez, o embaixador britânico na ONU, Emyr Jones Parry, considerou que "qualquer um que impeça" a independência do Kosovo terá que "assumir a responsabilidade" de desestabilizar o "último pedaço do quebra-cabeças balcânico".
"Há uma solução, e consiste em avançar rumo a uma independência cuidadosamente administrada", acrescentou.
Moscou tem se mostrado totalmente contra à adoção de qualquer uma das três minutas sobre o Kosovo, que até o momento circularam no Conselho de Segurança, por considerá-las imposições externas aos atores regionais.
O presidente da Duma (Parlamento nacional russo), Boris Grizlov, assegurou hoje em Montenegro que Moscou usará seu poder de veto para bloquear qualquer resolução que não conte com a aprovação de Pristina e Belgrado.
A Sérvia se opõe categoricamente à cisão da província de maioria albanesa, à qual só está disposta a proporcionar uma ampla autonomia.
A negativa russa às propostas apresentadas no Conselho abre a possibilidade que Washington e os Governos europeus busquem um status final para o Kosovo fora da ONU.
A secretária de Estado de EUA, Condoleezza Rice, afirmou hoje o compromisso de seu país com um Kosovo independente.
Em declarações à imprensa que a acompanha em sua viagem a Lisboa, onde participará amanhã na reunião do Quarteto para o Oriente Médio, Rice assegurou que a província conseguirá sua independência de uma maneira ou outra.
Já o chefe da diplomacia européia, Javier Solana, levantou na segunda-feira a possibilidade de que as negociações entre albaneses e sérvios sejam organizadas, apesar de ainda não existir uma resolução do Conselho de Segurança.
Durante esse período, os membros do Grupo de Contato para o Kosovo (EUA, Rússia, Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália) viajariam para Pristina e Belgrado para se reunir com seus líderes, explicou Solana.
O Kosovo está sob administração da ONU e proteção de forças da Otan desde 1999, quando uma campanha aérea da Aliança colocou fim à repressão sérvia aos albano-kosovares.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Segurança, o embaixador chinês Wang Guangya, em uma breve declaração à imprensa.
Wang não deu nenhuma razão, mas a demora poderia estar relacionada com um último esforço dos patrocinadores para se chegar a um acordo com a Rússia, segundo alguns observadores.
EUA, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Reino Unido formalizaram na terça-feira sua última proposta de resolução sobre o Kosovo, segundo a qual se passa a administração da província que está a cargo da ONU para uma missão da União Européia, e se abre um período de 120 dias de negociações entre albaneses e sérvios.
O embaixador dos EUA nas Nações Unidas, Zalmay Khalilzad, assegurou que esta seria a última tentativa de encontrar um consenso dentro do Conselho de Segurança.
"O momento da verdade para saber que posição a Rússia vai adotar será amanhã, veremos se a Rússia permitirá ou não que o Conselho de Segurança avance neste tema", acrescentou.
Por sua vez, o embaixador britânico na ONU, Emyr Jones Parry, considerou que "qualquer um que impeça" a independência do Kosovo terá que "assumir a responsabilidade" de desestabilizar o "último pedaço do quebra-cabeças balcânico".
"Há uma solução, e consiste em avançar rumo a uma independência cuidadosamente administrada", acrescentou.
Moscou tem se mostrado totalmente contra à adoção de qualquer uma das três minutas sobre o Kosovo, que até o momento circularam no Conselho de Segurança, por considerá-las imposições externas aos atores regionais.
O presidente da Duma (Parlamento nacional russo), Boris Grizlov, assegurou hoje em Montenegro que Moscou usará seu poder de veto para bloquear qualquer resolução que não conte com a aprovação de Pristina e Belgrado.
A Sérvia se opõe categoricamente à cisão da província de maioria albanesa, à qual só está disposta a proporcionar uma ampla autonomia.
A negativa russa às propostas apresentadas no Conselho abre a possibilidade que Washington e os Governos europeus busquem um status final para o Kosovo fora da ONU.
A secretária de Estado de EUA, Condoleezza Rice, afirmou hoje o compromisso de seu país com um Kosovo independente.
Em declarações à imprensa que a acompanha em sua viagem a Lisboa, onde participará amanhã na reunião do Quarteto para o Oriente Médio, Rice assegurou que a província conseguirá sua independência de uma maneira ou outra.
Já o chefe da diplomacia européia, Javier Solana, levantou na segunda-feira a possibilidade de que as negociações entre albaneses e sérvios sejam organizadas, apesar de ainda não existir uma resolução do Conselho de Segurança.
Durante esse período, os membros do Grupo de Contato para o Kosovo (EUA, Rússia, Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália) viajariam para Pristina e Belgrado para se reunir com seus líderes, explicou Solana.
O Kosovo está sob administração da ONU e proteção de forças da Otan desde 1999, quando uma campanha aérea da Aliança colocou fim à repressão sérvia aos albano-kosovares.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/216013/visualizar/
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