Indústria de máquinas registra alta de 10% no faturamento do semestre
A entidade informou que o crescimento é contínuo desde o início do ano e que o balanço do semestre demonstra recuperação do setor, que acumulou resultados negativos ao longo de 2006. Os segmentos que tiveram melhor performance no período foram os de equipamentos para madeira (74,3%), válvulas industriais (35,4%) e equipamentos pesados (14,6%).
O consumo aparente, que representa o faturamento, descontadas as exportações e somadas as importações, ou seja, a soma do que é absorvido pelo mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, apresentou crescimento de 13,7%, ao atingir R$ 33 bilhões. As altas na taxa são observadas ao longo do ano e no acumulado em 12 meses. "Trata-se de um claro sinal de aumento dos investimentos produtivos", afirmou Newton de Mello, presidente da Abimaq.
Acompanhando o desempenho favorável, a carteira de pedidos apresentou expansão de 12%. Houve acréscimo de duas semanas ao prazo para atendimento das encomendas, passando de 17, no primeiro semestre de 2006, para 19, neste ano.
Paralelamente, o nível de utilização da capacidade instalada cresceu 4,3% ao passar de 80,17%, no acumulado de janeiro a junho de 2006, para 83,65% em igual período deste ano.
Exportação
As exportações cresceram 21% e as importações 31%, no primeiro semestre deste em relação ao mesmo intervalo do ano passado. "Ainda que em ritmo decrescente desde o início do ano, as vendas externas somam US$ 4,7 bilhões nesse primeiro semestre, o que é um volume considerável", afirmou Newton de Mello, que destacou o esforço do setor pela manutenção dos espaços já conquistados no mercado internacional.
Os principais destinos das exportações continuam sendo os Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão) e Argentina (US$ 508 milhões), com Cingapura despontando em terceiro lugar graças a vendas pontuais, no valor em torno de US$ 250 milhões, de equipamentos voltados para a extração de petróleo. Os líderes do ranking das exportações são as máquinas rodoviárias, equipamentos pesados, de ar comprimido e gases, que inclui compressores, e máquinas agrícolas.
Com as importações somando US$ 6,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, o déficit da balança comercial do setor já atinge US$ 2,1 bilhões. Com esse resultado, elas representam 42% do consumo aparente em junho deste ano --três pontos percentuais a mais do que os 39% de participação em junho de 2006.
O movimento mais expressivo nessa variável se dá por conta dos países asiáticos. A liderança desse ranking continua de países como Estados Unidos (US$ 1,9 bilhão), Alemanha (US$ 1 bilhão), Japão (US$ 586 milhões) e Itália (US$ 537 milhões), cujas máquinas de alta tecnologia são importadas por usuários finais e não têm similar nacional. Mas a China aumenta sua participação, ocupando a quinta colocação (US$ 510 milhões), com máquinas diferentes.
"Em sua maioria são de baixo conteúdo tecnológico, importadas por comerciantes, que fazem a distribuição no país. Com similar nacional, esses equipamentos têm como principal atrativo o preço", afirmou Mello.
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