Sobe para 187 o número de vítimas
Após a retirada da gasolina dos tanques de combustível do posto vizinho ao prédio da TAM express, no início da tarde desta quinta-feira (19), com os tanques cheios de água, foi possível avançar com os guindastes no local. Uma das máquinas, com uma espécie de alicate (tesoura hidráulica) na ponte retirou parte dos destroços de um dos pisos que desabou. Nesta frente de trabalho, um grupo de bombeiros avançou e conseguiu retirar mais corpos do local.
Os bombeiros se arriscaram entre a laje do primeiro e do segundo piso, prensadas por parte da laje do terceiro piso. Para avançar, retiraram pedras, pedaços de móveis e bastante entulho. Enquanto um grupo trabalhava na estrutura que ameaçava rachar, outro jogava água em focos onde desde que aconteceu o acidente, na noite da terça-feira (17), o fogo persiste.
Quando o número de mortos estava em 178, no final da tarde da quarta-feira (18), o governo estadual anunciou que 166 estavam no avião, três no posto de gasolina e nove do prédio da TAM Express. A secretaria não soube informar a divisão com o novo número.
Esse foi o maior acidente aéreo do país. A queda do vôo 1907 da Gol, em setembro do ano passado, registrou 154 mortos.
Identificação
O diretor técnico do Instituto Médico-Legal (IML), Carlos Alberto de Souza Coelho, disse no final da manhã desta quarta-feira que o trabalho de identificação dos corpos das vítimas do acidente com o Airbus da TAM, em Congonhas, deverá demorar "no mínimo" 30 dias.
Coelho afirmou que são raros os corpos de vítimas que chegam íntegros ao IML. Por causa da alta temperatura do incêndio após a explosão, que ele estima em mais de mil graus centígrados, os peritos buscam identificar as vítimas por meio de objetos pessoais e próteses resistentes ao fogo.
O IML orienta parentes de vítimas a procurarem a equipe que está no salão de autoridades do Aeroporto de Congonhas. A recomendação é que eles levem o maior número possível de documentos e informações que possam facilitar a identificação das vítimas.
Os dados recebidos pela equipe de Congonhas serão cruzados com os resultados das necropsias realizadas no IML Central. Se houver informações convergentes, os parentes serão chamados para fazer o reconhecimento da vítima.
Desastre
O avião da TAM com 186 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, arremeteu, atravessou a Avenida Washington Luís e bateu em um prédio de carga e descarga da companhia aérea.
A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre, às 17h16 desta terça-feira (17), e chegou a São Paulo às 18h45. Entre os nomes já confirmados de passageiros que estavam no vôo estão os do deputado Julio Redecker (PSDB-RS) e do advogado do Corinthians e ex-presidente do Internacional, Rogério Amoretty.
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