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Polícia Brasil
Quinta - 19 de Julho de 2007 às 13:24

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A nossa equipe de reportagem foi procurada pela Dr. Maria de Fátima Pessoa de Souza que atua a cerca de 10 meses na unidade do programa Saúde da Família do Distrito União do Norte - Localizado a cerca de 75 km da sede do município de Peixoto de Azevedo.

A médica denuncia o Comandante do Destacamento de Polícia Militar, Sg. Fadel, por abuso de poder. Acontece que no dia 14 de julho (Sábado), esteve no consultório da médica a menor S.S.P (15 anos) que reclama de dores abdominais.

Segundo relato da Drª. Maria de Fátima, a jovem durante a semana já havia sido consultada, medicada e alguns exames laboratorias foram solicitados. Porém, os pais da menor não acompanharam o uso da medicação e muito menos procuraram a unidade de saúde publica para a coleta do material necessário para o desenvolvimento dos exames.

No final de semana a menor S.S.P voltou a sentir fortes dores e procurou novamente o PSF de União do Norte, mas desta feita estava acompanhada de seus pais e do suposto namorado. Todos estavam com os ânimos exaltados, e segundo a médica de plantão, proferiram palavras de baixo calão, e não respeitaram o ambiente público de saúde.

A família exigia que a médica efetuasse o encaminhamento da jovem para a cidade de Peixoto de Azevedo, e não aceitava o atendimento emergencial do PSF. Mesmo com assim a Drª. Maria de Fátima medicou a menor e providenciou o encaminhamento, bastava o aguardo da ambulância para o transporte da paciente através da MT-322 (estrada de chão).

Mas o nervosismo e animo exaltado da família prevalecia. Diante da grande confusão, a médica acionou a Policia Militar de União do Norte, mas segundo ela, o comandante PM, Sg. Fadel adentrou ao consultório repentinamente, deu voz de prisão, algemou a profissional e a conduziu para o 9º Comando de Policia Militar de Peixoto de Azevedo.

Ela disse também que não teve direito a um telefonema, usar o banheiro e ficou por cerca de 3 horas algemada. "Sinto-me injustiçada, isso é desumano, ao cumprir meu papel fui agredida verbalmente e moralmente pelo policial que chamei para me proteger, e foi bem o contrário e existem testemunhas que podem comprovar a errônea ação policial", desabafou a Drª. Maria de Fatia Pessoa de Souza.

Ao chegar a Peixoto de Azevedo foi constituído advogado para defender a profissional de saúde que em seguida foi liberada. Ela pretende processar o policial Sg. Fadel que é o comandante da PM de União do Norte.

Na data de 14 de julho, por volta das 20h30min, o sargento havia elaborado boletim de ocorrência caracterizando o episódio como Desacato a Autoridade Policial, justificando, que ao tentar conversar com a médica, os policiais haviam sido desacatados. Foi mencionado no BO que já existiam várias denúncias de maus tratos da médica com relação ao seu atendimento a população de União do Norte.

Será feita uma investigação e ouvidas às partes envolvidas pelas autoridades competentes, para se chegar à solução desta polêmica. A Drª. Maria de Fátima Pessoa disse que continuará exercendo suas funções junto a comunidade e espera justiça e reparação dos danos morais que supostamente sofreu do policial mencionado nesta matéria.





Fonte: Notícia Digital

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