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Agronegócios
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 16:51

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Depois de dois anos de preços baixos, a fase de alta do ovo em São Paulo, que começou em fevereiro deste ano, continua. Em julho de 2006 o mercado pagava ao produtor em média R$ 24 pela caixa (de 30 dúzias). Na sexta-feira passada, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o preço pago ao produtor pela caixa de ovo estava em média R$ 43,70.

No campo, a alta nas cotações anima os produtores, mas ainda não atingiu as expectativas do setor, que já chegou a negociar a caixa a R$ 50. 'Realmente o preço do ovo está bem melhor comparado ao ano passado. Mas ainda está aquém do que chegou em 2005', diz o diretor técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura.

Ele acredita que depois da fase de preços defasados, o setor produtivo está se ajustando, por isso a melhora nas cotações. 'Muitos produtores não conseguiram resistir e acabaram deixando a atividade e, com isso, o mercado se estabilizou. Com menor oferta, a tendência é o preço subir.'

Em Bastos (SP), conhecida como a capital do ovo (abriga 15% do plantel de postura brasileiro), o momento é de otimismo, embora por enquanto os avicultores estejam apenas repondo prejuízos. 'A despesa dos criadores tem sido maior do que a renda, tanto que muitas granjas fecharam. Então, este primeiro momento é de recuperação de estoque de ração, de capital de giro', analisa o presidente do Sindicato Rural de Bastos, Shigeyuki Toyoshima.

Além da reação das cotações, Toyoshima diz que outra boa notícia é a estabilização do preço da matéria-prima para ração, principalmente o milho e o farelo de soja. 'A valorização do real está mantendo o valor mais baixo do que prevíamos. Isso também contribui para melhorar a rentabilidade do avicultor neste momento.'





Fonte: Estadão

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