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Internacional
Terça - 17 de Julho de 2007 às 23:17

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A financeira argentina Cuenca eximiu-se de responsabilidades no caso do dinheiro encontrado dentro de uma bolsa no gabinete da então ministra da Economia, Felisa Miceli.

Diretores da empresa disseram em entrevista coletiva estarem "totalmente alheios" ao fato investigado pelo promotor Guillermo Marijuan. Ele pretende determinar a origem dos 100 mil pesos e dos US$ 30 mil dólares encontrados numa bolsa no banheiro do escritório de Felisa Miceli - que renunciou por causa do escândalo.

A imprensa argentina tinha informado que um dos maços de dinheiro encontrados na bolsa tinha saído da Cuenca. Segundo os diretores, "não há registro" algum que confirme a afirmação.

"Felisa Miceli e as demais pessoas físicas e jurídicas ligadas a ela não têm conta nem relação alguma com a entidade", declararam os diretores.

De acordo com eles, entre os dias 21 de maio e 5 de junho - o período investigado - não houve nenhum saque de 100 mil pesos ou mais da conta da financeira.

Em comunicado, a empresa declarou que todas as suas operações "estão devidamente documentadas e ajustadas às leis vigentes e às normas do Banco Central" argentino.

"Pelo exposto, esclarecemos o não-envolvimento da Caja de Crédito Cuenca Cooperativa no fato investigado", afirma o comunicado. A nota acrescenta que o presidente da financeira, Miguel Jorge Rutenberg, prestou depoimento diante do promotor na última quinta-feira.

Com o escândalo da bolsa com dinheiro, Miceli declarou que a quantia encontrada fora emprestada por seu irmão. Segundo a ex-ministra, o valor seria usado numa operação imobiliária não concretizada, apesar da proibição por lei de usar dinheiro nessas operações.

Além disso, entre o dinheiro encontrado, estavam notas identificadas com o selo do Banco Central, que não transfere dinheiro a particulares.

As investigações indicam que as cédulas saíram do Banco Central e passaram pela Cuenca.

O promotor pediu explicações à empresa para saber "se a entidade recebeu dinheiro do Banco Central no dia 21 de maio e se o pacote número 38.057, com lacre da entidade, com 100 mil pesos, tinha sido remitido" à financeira.

Os diretores da Cuenca afirmaram que "o promotor Marijuan não tem provas de que esse maço tenha saído da financeira". No entanto, eles admitiram que o Banco Central "tem documentado que esse dinheiro" foi enviado à empresa.

O promotor disse hoje em declarações à imprensa local que "acredita plenamente" que as cédulas que saíram do Banco Central chegaram à Cuenca.




Fonte: EFE

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