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Internacional
Terça - 17 de Julho de 2007 às 20:09

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, analisaram hoje o conflito de Darfur, a proliferação de armas nucleares, o Oriente Médio e a situação no Afeganistão e no Iraque.

Durante a entrevista coletiva após o encontro, o presidente americano defendeu sua estratégia no Iraque, que a sociedade e os políticos fazem pressão para modificar. Além disso, o serviço secreto advertiu que os EUA estão sob ameaça terrorista "elevada".

Bush explicou a Ban sua visão sobre "o extremismo e os radicais, que farão tudo para impedir o cumprimento dos objetivos fixados pelas Nações Unidas e perturbar o avanço da democracia nas sociedades onde há paz".

"Al Qaeda é forte hoje, mas não tem mais a força de antes de 11 de setembro de 2001, e o motivo é que colaboramos com o mundo para manter a pressão, ficar na ofensiva e levá-los à Justiça, para que não nos atinjam de novo e consigamos derrotá-los onde quer que os encontremos", disse.

"E agora encontramos estes assassinos no Iraque, gente que vai matar inocentes para impedir o progresso da democracia, gente que tenta aparecer diariamente nas telas das televisões para nos assustar com ambições e planos", acrescentou Bush.

Para ele, os terroristas juraram lealdade ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

"Esta mesma gente quer que abandonemos algumas partes do mundo, como o Iraque, para que possam estabelecer um refúgio seguro para divulgar sua ideologia venenosa", afirmou o presidente.

Ban Ki-moon também se referiu ao Iraque, embora de maneira mais superficial, já que preferiu falar sobre outros assuntos, como a província de Darfur - no Sudão -, a mudança climática e o desmantelamento do programa nuclear da Coréia do Norte.

Segundo o secretário-geral, a situação no Iraque é um problema mundial. No que se refere à ONU, ele afirmou que a instituição está "preparada" para apoiar o Governo iraquiano e os cidadãos e ajudar a superar esta dificuldade, tanto em nível político, quanto econômico e social.

Ban Ki-moon prometeu continuar com o processo internacional de reconstrução iraquiana, além de expandir as reuniões entre ministros do Exterior.

Sobre o conflito de Darfur, Ban falou que houve um "progresso considerável". Segundo ele, a ONU "continuará avançando", em referência à segunda conferência internacional sobre a região sudanesa, que será em Trípoli.

Durante o encontro, Bush e Ban chegaram à conclusão de que a paz em Darfur só será alcançada se o Governo e os rebeldes se comprometerem com um processo político. Para isso foi convocada uma reunião de conciliação em Arusha, na Tanzânia, de 3 a 5 de agosto.

Ban afirmou que a ONU também dará assistência humanitária em Darfur. Segundo ele, os esforços para conseguir o posicionamento de tropas mistas "o mais rápido possível" estão aumentando.

O secretário-geral declarou que a mudança climática é um tema "muito importante para todo o mundo". Ele convidou o presidente americano para participar de uma conferência que a ONU vai organizar sobre o tema em 24 de setembro.

Por último, Ban apreciou a "iniciativa e a flexibilidade" do Governo americano em promover o desmantelamento do programa nuclear na Coréia do Norte.

"Estou animado e valorizo os recentes eventos. Espero que as partes envolvidas, incluindo a Coréia do Norte, tomem as medidas necessárias para efetuar a desnuclearização da Península Coreana o mais rápido possível", disse.





Fonte: EFE

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