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Cidades/Geral
Terça - 17 de Julho de 2007 às 10:13

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O promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho em entrevista coletiva na tarde de ontem explicou os motivos da ação contra a Juíza Wandinelma Santos da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra. Segundo ele, o Ministério Público de Mato Grosso moveu uma ação por suposto ato de improbidade administrativa contra a juíza Wandinelma Santos.

Consta na ação que a magistrada é acusada de contratar um agente de segurança que, mesmo embolsando salário de cerca de R$ 2,5 mil mensais desde fevereiro do ano passado, nunca exercera tal ocupação. O agente nem sequer porte de arma possui. Ele informou ainda que já interrogou seis servidores do Fórum, os quais informaram que nunca viram o cidadão, ou seja, o funcionários contratado pela Juíza.

O promotor, autor da ação, pede ainda o afastamento e a indisponibilidade dos bens do servidor, tratado na questão judicial como funcionário fantasma da juíza.

O site Mídia News divulgou que a ação civil do promotor produzida em 19 folhas, diz que o agente empregado por Wandinelma é, de fato, um empresário de Tangará da Serra.

Ele se chama Nilson Waldow e revelou ao Ministério Público ser um dos sócios da Estrela Veículos, uma revendedora de automóveis instalada há 15 anos na Avenida Brasil.

Segundo informações do Mídia News o promotor investiga o caso desde o segundo semestre do ano passado. Ele diz na ação ter colhido depoimentos do contratado da magistrada, empregados da Estrela Veículos e também de servidores do fórum de Tangará.

EMBLEMÁTICO - As testemunhas, incluindo o réu, no caso o empresário Nilson Waldow, reforçam a suspeita de que a juíza contratara um agente de segurança fantasma. O promotor batiza o depoimento do réu como "emblemático".

Waldow confirma que fora contratado pela juíza em fevereiro de 2006, diz que não sabe quem o paga, “mas eu recebo todos os meses através de depósitos em conta corrente no Banco do Brasil”. Oficialmente, ele fora contratado em 27 de março do ano passado.

O promotor diz na ação que convidara a juíza para a questão fosse discutida, mas ela recusara;

Pelos cálculos do Ministério Público de Tangará, o contratado da juíza recebeu R$ 41.560,50, de maio do ano passado até abril deste ano, uma média de R$ 2,5 mil mensais.

E, pelo que consta na ação que acusa a juíza de praticar atos de improbidade administrativa, Nilson Waldow recebe até hoje o salário pago pelo Poder Judiciário mato-grossense.

A equipe de reportagem do DS tentou conversar com a juíza, mas não conseguiu. Por telefone, conversou com um de seus assessores, que identificou-se como Douglas. O servidor disse que a magistrada estava em audiência e que mais tarde retornaria a ligação, mas até o fechamento da edição, ela não procurou o DS.





Fonte: Diário da Serra

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