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Cidades/Geral
Quinta - 25 de Abril de 2013 às 07:41
Por: JOANICE DE DEUS

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Arlan Azevedo, vice-presidente do CRM, diz que valores estão abaixo da tabela de honorários e precisam de reajuste
Arlan Azevedo, vice-presidente do CRM, diz que valores estão abaixo da tabela de honorários e precisam de reajuste
Médicos que atendem planos de saúde em Mato Grosso apoiam o movimento nacional de suspensão ao atendimento de consultas, exames e demais procedimentos eletivos aos usuários. Porém, a adesão à referida paralisação marcada para hoje é uma decisão individual de cada profissional. 

 
 
"Nesta semana, em assembleia com o Sindicato (Sindimed) e a Associação Médica ficou deliberado que os médicos estão liberados para suspender os atendimentos eletivos, menos as urgências e emergências", informou o médico pediatra Claudio Poletto Casarotto, membro da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM). 

 
 
A paralisação é referente ao Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. O objetivo é tornar pública a insatisfação da categoria com as interferências das empresas na autonomia dos médicos no exercício da profissão, reivindicar honorários justos e cobrar condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes. 

 
 
"Não queremos prejudicar os usuários. O que queremos é alertar da necessidade de negociação e reajuste dos honorários médicos", comentou. 



 
Além do movimento de hoje, conforme Claudio Poletto, na próxima segunda-feira (29) está marcada uma reunião entre a CEHM e cooperativas hospitalares para elaboração de uma proposta que será apresentada aos planos ou convênios. "Vamos formular uma proposta dentro do consideramos valores justos", comentou. 



 
Vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Arlan Azevedo informou que a aspiração da categoria é que seja seguida a Tabela de Honorários Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Hoje, o valor médio pago pelas operadoras é de R$ 48,00 por uma consulta. A CBHPM, entretanto, prevê o valor de R$ 80,00. 

 
 
Em alguns Estados, como São Paulo, por exemplo, apenas casos de urgência e emergência deverão atendidos durante o dia. Entretanto, todas as consultas e procedimentos eletivos previamente marcados para esta data devem ser reagendados pelo profissional que decidir paralisar suas atividades. "Os casos eletivos deverão ser remarcados", reforçou Azevedo lembrando que os planos de saúde são responsáveis pela garantia do atendimento. 

 
 
Uma pesquisa feita em São Paulo e divulgada anteontem pela Agência Brasil, mostra que mais de 80% dos profissionais entrevistados precisaram aumentar a carga de trabalho para suprir a defasagem dos honorários pagos pelos planos de saúde. Diante desse quadro, 85% já se descredenciaram de planos. O estudo contou com a participação de cinco mil profissionais, distribuídos em pelo menos 22 especialidades médicas. 

 
 
A baixa remuneração também tem desencorajado os médicos a adotarem procedimentos que impõem mais risco profissional como cirurgias, por exemplo. Também é alto o percentual de médicos (86%), fisioterapeutas (91%) e dentistas (80%) que relataram casos em que os pacientes tiveram que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) diante dos obstáculos impostos pelos planos de saúde. Essas dificuldades para conseguir que a operadora autorize medidas terapêuticas têm feito crescer o número daqueles que recorrem à Justiça.





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