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Economia
Quarta - 24 de Abril de 2013 às 22:42

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O vice-presidente de agronegócio e de governo do Banco Brasil, Osmar Dias, afirmou hoje que o novo plano safra contará com um programa de incentivo à armazenagem "com taxa de juros e prazos adequados". O plano deve ser anunciado pela presidente Dilma Rouseff (PT) em maio.   Durante a reunião da comissão de agricultura, pecuária, abastecimento e desenvolvimento rural da Câmara de Deputados, o vice-presidente lembrou que a capacidade de armazenamento no país - que é de 140 milhões de toneladas - está bem abaixo das necessidades já que, segundo os indicadores internacionais, deveria haver espaço suficiente para estocar 220 milhões de toneladas de grãos,  segundo a publicação do jornal Estado de São Paulo.


 
Dias integra o  grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir propostas do novo plano. Segundo ele, o poder Executivo está preocupado com a política de armazenagem para regular os estoques públicos e garantir a segurança alimentar. Ele ainda destacou que, para o governo, o armazenamento em propriedade rural e também por parte das cooperativas e empresas privadas é estratégico. Ele disse que uma das ideias em estudo é a construção de armazéns privados que possam ser alugados pelo Executivo. A instituição financeira, segundo Dias, terá participação maior na questão de infraestrutura e logística, em parceria com órgãos de gestão federal. Deverão ser financiadas obras em rodovias e ferrovias, no entanto, não foram estimados valores.


 
O banco já atingiu as metas previstas para o crédito rural na safra 2012/2013, que começou em julho e vai até junho. O vice-presidente aponta que  a instituição financeira atingiu 104% das metas até junho nos empréstimos para a agricultura familiar e 99% para o setor empresarial.  "Vamos superar o total de R$ 55 bilhões previstos", disse.  No início do atual ano-safra, a instituição anunciou que o alvo era aumentar os recursos para o cultivo familiar em 14% (para R$ 10,549 bilhões) e para a agricultura empresarial também em 14% (para R$ 44,5 bilhões). Os dados divulgados nesta quarta mostram que houve crescimento de 22% no montante de financiamento de custeio e de 32% para investimento da agricultura familiar. No caso da empresarial, o crédito de custeio cresceu 29% e para investimento, 21%. O total de liberações aumentou 28%. Dias explicou que a carteira de crédito rural da instituição é de R$ 108 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões vão para o médio produtor, R$ 24 bilhões para a agricultura familiar e R$ 72 bilhões para a empresarial. O banco responde por 62,5% de todo crédito rural acessado pelo produtor rural brasileiro. De acordo com Dias, enquanto a média de inadimplência no banco em dezembro era de 2,5%, no caso da carteira de crédito rural estava em 0,6%.





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