Ataque suicida mata 18 soldados no Paquistão
O ataque, realizado com um carro-bomba, aconteceu na região tribal semi-autônoma de Waziristão do Norte, próxima à fronteira com o Afeganistão.
A área é considerada um reduto de militantes do Talebã e da Al-Qaeda.
O ataque é o terceiro do tipo desde que tropas paquistanesas invadiram a Mesquita Vermelha, em Islamabad, na quinta-feira. O local estava sendo usado como base por radicais islâmicos.
Depois dos confrontos na mesquita, que deixaram 102 mortos, o governo do Paquistão enviou milhares de soldados para o Waziristão do Norte, temendo que os militantes estejam preparando uma nova "guerra santa" em resposta à operação.
Líderes tribais ameaçam agora suspender um acordo de paz com o governo paquistanês se as tropas não deixarem a região.
Protestos
A invasão da Mesquita Vermelha na semana passada gerou protestos em diversas áreas do Paquistão.
Na cidade de Peshawar, no noroeste do país, mais de mil pessoas foram às ruas na sexta-feira prometendo vingança pela morte do vice-líder da mesquita, Abdul Rashid Ghazi.
Na capital Islamabad, centenas de manifestantes participaram de um protesto organizado pela principal aliança de partidos radicais, a Muttahida Majlis-e-Amal.
"Essa carnificina vai acabar sendo o último prego no caixão do governo ditatorial do (presidente Pervez) Musharraf no Paquistão", disse o vice-líder do grupo, Maulana Abdul Ghafoor Hydri, à multidão.
"Agora haverá Mesquitas Vermelhas em toda parte no Paquistão."
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