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Cidades/Geral
Sábado - 14 de Dezembro de 2013 às 09:52

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A Coordenadoria de Ações Comunitárias da Defensoria Pública do Estado garantiu, na tarde desta sexta-feira (13), por meio do diálogo, a transferência de um paciente do Pronto-Socorro de Cuiabá para Juína (734 Km da Capital), “emperrada” há 17 dias. Com Traumatismo Craniano, o menor J.B.S. já havia recebido duas liberações para retornar ao município onde mora, mas continuou internado na Capital e sem receber tratamento adequado.


 
De acordo com Ademilson Borges Rosa, pai do menino, ele já havia tentado de todas as formas conseguir a transferência do filho, até mesmo com o Prefeito de Juína Hermes Bergamin (PMDB), mas todas as portas haviam sido fechadas. “Resolvemos procurar a Defensoria, pois nosso filho estava morrendo. Graças a Deus agora ele vai para casa. Aqui todo mundo estava com vontade de ajudar”.


 
Ademilson contou que tomou conhecimento de como a Defensoria poderia ajudá-lo durante a vistoria realizada no Pronto-Socorro na tarde da última quinta-feira (12), “encabeçada” pela Coordenadora de Ações Comunitárias, Defensora Pública Fernanda Maria de Sá Soares. “Conversei com os representantes que estavam no hospital e recebi a orientação, por isso hoje resolvi procurá-los”.


 
Conforme Cristiano Nogueira Peres Preza, Assessor Especial da Coordenadoria, a situação foi resolvida por meio da interlocução com a Coordenadora do Pronto Socorro, Sonia Rodrigues, e o Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da Secretaria de Saúde, Lizandro Torres. “Esse é um dos principais objetivos da Instituição, evitar a judicialização de ações”.



O Caso


 
J.B.S sofreu um acidente de moto e chegou a ficar 49 dias numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Juína. Após esse período, o médico Emilio Pópulo transferiu o paciente, de avião, para a Capital sob o argumento de que o mesmo precisava de uma ressonância magnética. Desde o dia em que chegou em Cuiabá, no entanto, prontuários de médicos do Pronto-Socorro atestam que ele poderia ter retornado.


 
Ainda conforme ele, neste mesmo dia, um Neurologista dispensou seu filho, dizendo que o mesmo precisava de Ortopedista, Fisioterapeuta, Fonoaudióloga e Psicóloga, quatro especialidades existentes em Juína. “Todos os médicos que avaliaram meu filho aqui diziam que ele poderia voltar, mas o Doutor Emílio não deixava porque queria a ressonância”.


 
O pai ressaltou ainda que, quando J.B.S saiu de Juína era para ter sido encaminhado ao Hospital Geral Universitário (HGU), mas foi direto para a Sala Vermelha do Pronto-Socorro (Urgência e Emergência), onde sequer foi tirado Raio X e onde ficou por um dia, até ser encaminhado a um quarto.





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