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Sexta - 13 de Julho de 2007 às 12:21

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Os grampos telefônicos de conversas entre integrantes das cúpulas do Corinthians e da MSI revelaram conversas sobre um suposto esquema financeiro para impedir que o clube fosse rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.

Na denúncia feita pelo Ministério Público Federal, o tópico é abordado, mas não há mais detalhes --o monitoramento está sob segredo de Justiça. Como o caso é da alçada estadual, os procuradores da República irão enviar os resultados das interceptações ao Ministério Público paulista.

No ano passado, o Corinthians esteve ameaçado de cair para a segunda divisão do Nacional até seis rodadas do fim do campeonato.

A reportagem telefonou ontem para Rubens Aprobatto Machado, presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), mas não o localizou.

Além do suposto acerto para evitar o rebaixamento, as conversas telefônicas revelam negociações de jogadores com remessas ilegais de dinheiro do exterior para o Brasil e vice-versa, com sonegação de tributos e pagamento de propinas.

Numa das conversas, um homem não identificado diz ao empresário Renato Duprat que vai comprar quatro times no Brasil para lavar dinheiro.

Em outra, há a revelação de que o meia Carlos Alberto recebe US$ 160 mil, "metade no Brasil e metade fora".

O meia Ricardinho também aparece negociando o recebimento de US$ 1,4 milhão fora do país.

O Corinthians já esteve envolvido num escândalo de arbitragem. Em 1997, reportagem mostrada pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, mostra gravações de telefonemas de Ivens Mendes barganhando favorecimento nas arbitragens em troca de apoio financeiro para sua campanha a deputado federal por Minas Gerais. Alberto Dualib teria oferecido R$ 100 mil ("um, zero, zero", na gravação).

O STJD condenou o corintiano a dois anos de suspensão, mas ele nunca cumpriu a pena.





Fonte: Folha de S.Paulo

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