Governo quer adotar regras do setor privado
Pela proposta, as fundações sem fins lucrativos serão subordinadas ao governo. As contratações continuarão a ser feitas por concurso público, mas os funcionários serão regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que define regras para o setor privado. A idéia, segundo o governo, é facilitar a contratação, a substituição de equipamentos e a implementação de políticas salariais.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou que as novas regras tornarão mais fáceis as demissões dos funcionários regidos pela CLT e defendeu a avaliação de desempenho dos servidores públicos. "Funcionários do BNDES e da Caixa Econômica são contratados pela CLT e não há angústia", afirmou.
Privatização
Os 2,5 mil hospitais públicos do país, incluindo os universitários, poderão ser administrados por essas fundações, assim como a previdência complementar do servidor público.
Outras áreas - assistência social, cultura, ciência, tecnologia e comunicação social -também serão submetidas às novas regras.
O ministro José Gomes Temporão (Saúde) rebateu as críticas de que o projeto promoveria a privatização dos hospitais públicos. Segundo ele, o governo pretende regulamentar o artigo 37 da Constituição.
"Privatizar é entregar um patrimônio público a uma entidade privada. O modelo proposto é estatal. É um modelo de gestão mais eficiente para um serviço público", disse o ministro.
Comentários